Polícia busca falso produtor da Record, acusado de perseguir mulheres
O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão temporária de Agnaldo Santos Pereira Júnior, falso produtor acusado de perseguir e ameaçar mulheres em São Paulo. No momento, a polícia procura pelo acusado, que é considerado foragido.
Desde 2011, Agnaldo é acusado por vítimas de se passar por jornalista e produtor da Record TV para se aproximar de assessoras de imprensa, produtoras e modelos.
Além de telefonemas e mensagens com ameaças, o suspeito também exigia fotos sensuais e sexo de candidatas a falsas vagas de emprego.
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A emissora afirma que Agnaldo nunca foi funcionário da empresa. A reportagem não conseguiu encontrar o advogado do suspeito. Em maio, Agnaldo negou à Universa as acusações que geram o pedido do Ministério Público.
Método
Segundo as acusações, as ameaças começavam quando as vítimas se recusavam a enviar imagens sensuais ou questionavam se ele, de fato, era um produtor.
Para ter acesso a eventos e telefones das mulheres, Agnaldo se passava por produtor da Record TV e usava perfis falsos no Facebook sob nomes como Pereira Junior e Junior de França.
De início, ele tentava constranger as vítimas por meio de telefonemas a chefes e colegas de trabalho. Com o tempo, as ameaças eram intensificadas. “Vai queimar no inferno”, escreveu o suspeito em mensagem de texto enviada a uma assessora de imprensa. Em apenas uma semana de maio, a profissional recebeu 22 ligações de Agnaldo em seu número pessoal.
Em áudios que compõem a denúncia do MP, uma das mulheres é ameaçada de morte. “Ou eu, ou você, vai morrer”, disse.
"Eu sentia muito medo de sair do trabalho e ele estar me esperando, como prometia. Até hoje tenho receio de encontrá-lo num evento", afirma em anonimato uma outra assessora de imprensa ouvida pela Universa em maio.
Histórico de acusações
O primeiro boletim de ocorrência contra Agnaldo é de 2006. Apesar disso, os registros dos crimes estavam espalhados por delegacias de São Paulo. No dia 28 de agosto, o MP reuniu todos os casos para fazer o pedido de prisão temporária.
Cinco anos atrás, Agnaldo foi acusado por uma modelo, então candidata a uma falsa vaga de emprego na Record TV, de assédio sexual. Em troca da contratação, ele exigia sexo.
“Sou louco quando eu quero. Você toma cuidado! É sério. Você não sabe com quem eu ando”, disse em um telefonema para a modelo na época. “Para mim, você é merda! Para mim, seu corpo só serve para ser utilizado mesmo para transar.” Na ocasião, ele afirmou que estava de "cabeça quente".
Além do pedido do Ministério Público, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirma que mais dois processos por ameaça tramitam na Justiça contra Agnaldo. De acordo com o código penal, o crime dá de um a seis meses de prisão e multa.
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