'Depois de 13 perdi a conta': 6 mulheres falam como é ter orgasmo múltiplo

Orgasmo múltiplo, para muitas de nós, é como diz a música "nunca vi, nem comi, eu só ouço falar". Mas estas mulheres, que já tiveram essa sequência de prazeres, contam como chegaram lá, o que sentiram e porque vale persegui-lo.

"Comparo com contrações, que vêm num intervalo cada vez mais curto"

"Eu tive meu primeiro orgasmo múltiplo em 2005. Foi uma surpresa, porque eu nem sabia que era possível. Já tinha ouvido falar, mas era aquele tipo de coisa de achar que comigo nunca aconteceria. Tive uma vez e depois parou. Então, me separei do meu ex-marido e agora com meu namorado eu voltei a ter. É uma coisa que parece que você vai morrer, falta até oxigênio e vem em ondas. Eu que tenho filho, comparo com contrações, que vêm num intervalo cada vez mais curto. Chega uma hora, que mesmo quando meu namorado para de estimular, eu ainda sinto as ondas. Quando acaba, eu não sirvo para mais nada. Fico um tempo lá, sem me mexer, porque não dá para fazer nada. É uma perda de energia muito grande, um desgaste. Peço para o meu parceiro me abraçar e fica a sensação de estar fazendo a coisa certa, com a pessoa certa." Priscila, produtora cultural

"Acontece quando ele me estimula bastante antes da penetração"

"Tenho orgasmo múltiplo com frequência. É como se eu tivesse demorado para aquecer, mas depois me mantivesse quente por horas, que nem um forno a lenha. Sempre acontece quando ele me estimula bastante antes da penetração. Pelo fato de ser um parceiro fixo, acho mais fácil, porque me conhece melhor, sabe do que eu gosto e está mais interessado em me agradar do que um cara casual, que não pretende me ver de novo. Felizmente, eu gozo de todo jeito, mas o orgasmo mais forte eu atinjo com penetração mesmo. Minha dica: se masturbem e se conheçam. Depois, expliquem e falem com todas as letras ao parceiro que desejam ter orgasmo múltiplo. A maioria dos caras gosta de ver a mulher gozar." Juliana Silva, jornalista

"A sensação é de subir na montanha russa, descer e subir de novo"

"Quando começou a acontecer comigo, eu não tinha certeza se era orgasmo. Chegava no ápice, dava uma relaxada, depois de uns minutos vinha de novo. O corpo ficava pedindo mais, tinha mais lubrificação e mais excitação. Por um tempo, até me frustrei, pensava que não estava conseguindo chegar lá. Depois de um ano foi que eu realmente soube que estava tendo múltiplos orgasmos. Eram de cinco a oito por relação. Eu chegava a ter dor de cabeça e dor nas pernas, precisava me acalmar por alguns minutos para passar. Hoje tenho em média uns três orgasmos por relação e me sinto feliz assim. A sensação é de subir na montanha-russa, descer e subir de novo." Rayana, terapeuta de casais e famílias

"Eu contei 13 orgasmos até perder a conta"

"O potencial de orgasmo múltiplo eu tenho, mas descobri que dependo do parceiro para acontecer. Eu chego lá quando ele não é egoísta e permite que eu me esgote. Eu consigo somente no sexo oral, com o parceiro estimulando o ponto G ao mesmo tempo. A sensação é que o primeiro gozo é mais demorado para chegar, porém, depois que ele acontece, e o parceiro continua os estímulos, desencadeia orgasmos seriados. É quando percebo que o próximo pode ser muito melhor que o anterior. O primeiro comparado ao último (quando peço para parar de estimular) é fraquinho. Uma vez, eu contei 13 orgasmos até perder a conta. Infelizmente, na minha vida sexual somente dois homens conseguiram meus orgasmos múltiplos, muitos mal conseguem aguardar meu primeiro gozo, a ansiedade deles mata o processo." Rita, professora

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Imagem: iStock

"O coração acelera, o corpo inteiro vibra e se contorce"

"Após o primeiro orgasmo, quando temos o impulso de afastar o parceiro, se ele continua, seja com a penetração, oral ou masturbação, a sensibilidade do corpo ao contato fica muito maior. Isso potencializa os orgasmos e faz com que sejam consecutivos. Comigo é assim. As posições sexuais que aceleram a chegada do meu primeiro orgasmo são de quatro ou por cima dele. É êxtase total, o coração acelera ao máximo, o corpo inteiro vibra e se contorce, sem que eu consiga controlar. A capacidade de raciocínio fica totalmente reduzida, geralmente não me lembro o que falo no momento dos orgasmos. Acontece tanto com parceiros fixos, quanto com parceiros casuais, mas a conexão entre os dois deve existir, assim como haver total entrega. Tem que se livrar de neuras e tabus." Val, nutricionista

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"Só tive orgasmos múltiplos com parceiros casuais"

"Geralmente, é com sexo oral que acontece essa maravilha da natureza. Não gozo muito com penetração, mas já aconteceu de ter alguns [orgasmos] no oral, aí começar a penetração e o orgasmo continuar. Gosto de ficar por baixo dele. A sensação eu ainda estou tentando entender, é muito doida, muito maravilhosa e única mesmo. Dá vontade de se contorcer e sair se debatendo. Arrepia todo o corpo, que fica frio e quente diversas vezes, e, de repente, tudo escapa e você fica mole, cansada, feliz, sem forças nas pernas... mas se pudesse, sairia pulando. É maravilhoso! Só tive orgasmos múltiplos com parceiros casuais, mas nunca parei para pensar se o vínculo interferiu. Acho que o que mais influenciou foi a comunicação entre mim e eles - surpreendentemente, meu ex não me escutava muito, diferente desses outros homens com quem saí." Roberta, atriz

*Com reportagem de 25/10/2018

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