Conheça a queniana que dedicou sua vida a salvar bebês de elefante órfãos
A queniana Daphne Sheldrick, conhecida pelo seu trabalho de resgate e proteção dos animais selvagens, especialmente os elefantes, morreu nesta quinta, 12, aos 83 anos em decorrência de um câncer de mama.
Impressionante, no entanto, foi a vida que Daphne levou. Ela se tornou uma inspiração para ativistas de direitos animais no mundo todo por "adotar" - e salvar a vida - de mais de 230 bebês de elefantes com uma fórmula de leite que desenvolveu ao longo de 28 anos.
Daphne foi a responsável por recuperar a saúde de filhotes que perderam suas mães, muitas vezes, pela seca que atingia os territórios do país ou através da caça predatória.
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Nascida e criada no Quênia, Daphne trabalhou lado a lado com o marido, o britânico David Sheldrick, também para fundar a maior reserva do país, Tsayo East.
Depois da sua morte, em 1977, ela fundou o "David Sheldrick Wildlife Trust", uma instituição conhecida pelo seu trabalho de resgate de elefantes órfãos, que recebem cuidados até que possam ser reincorporados à vida silvestre.
Em 2006, a rainha Elizabeth II reconheceu a importância do trabalho de preservação de Daphne ao torná-la Dama do Império Britânico.
Daphne pesquisou, durante toda a sua vida, o impacto da ação humana na natureza, publicando diversos livros. Em 2016, uma entrevista sua repercutiu um dado catastrófico: caso o ritmo de caça predatória de elefantes continue o mesmo nos próximos anos, o elefante-africano será extinto em 2025.
"Ela fará falta, mas nunca será esquecida; e isso é o que mais lhe confortava em suas últimas semanas de vida", escreveu a filha, Angela, após a morte de Daphne.
"Saber que sua memória e seu trabalho continuariam com os passinhos de bebês-elefante por gerações e que o projeto em que foi pioneira já fez tanto pela vida silvestre, saber que ela fez a diferença, [isso lhe confortava], afirmou.
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