Luisa Mell divulga imagens dos cães resgatados e fala sobre trabalho árduo
Após resgatar 113 cães na última quarta-feira (28), em um canil clandestino no bairro Cangaíba, na zona leste de São Paulo, Luisa Mell publicou algumas imagens dos animais em sua rede social e afirmou que o trabalho de sua equipe tem sido árduo. "Ainda não recebemos os resultados dos exames para ter uma real noção, mas muitos estão doentes", disse ela à Universa.
"A equipe do @institutoluisamell está trabalhando desde ontem sem parar. Todos já tomaram banho, foram medicados, conheceram o sol. Estamos aguardando os resultados dos exames... obrigada a todos que ajudaram. Mas ainda precisamos muito de ajuda. 113 doentes de uma vez. Se Deus quiser vão ficar bem e logo mais encontrarão lares amorosos", escreveu a ativista que espera conseguir mais arrecadações. "Ainda não foi o suficiente porque é muito gasto", completou.
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Nos vídeos publicados em sua rede social, os bichos — em sua maioria cães de raça —, aparecem alocados embaixo da cama, dentro de caixas e também de um guarda-roupa.
O local era ocupado por uma mulher e seu filho, que foram multados em R$ 405 mil (o valor deverá ser atualizado, pois após a finalização do Boletim de Ocorrência foi encontrada mais uma caixa com cachorros). A ação foi confirmada pela Polícia Ambiental e somente o homem foi levado para prestar depoimento no Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPCC), que fica no centro da Capital paulista.
Ainda de acordo com informação da Polícia, o acusado foi autuado de acordo com o termo circunstanciado (um registro para delitos de menor relevância) e responderá por crimes ambientais, já que mantinham aves silvestres em cativeiro, e por maus tratos aos animais. Como as penas para esses crimes são inferiores a dois anos, ele responderá em liberdade. Essa não é a primeira vez que o infrator é autuado, ele já respondeu outras duas vezes por crimes ambientais. O caso chegou até a corporação por meio do disque denúncia do controle de proteção aos animais.
Canil clandestino
Na ação, foram apreendidos 47 yorkshire, 27 lhasa Apso,12 bulldog Francês, sete lulu spitz alemão, três bulldog inglês, um pug, um labrador, 14 sem raça definida e dois gatos de raça indefinida. Além das aves: uma arara-vermelha (Ara chloroptera), duas araras-canindé, um canário-da-terra (Sicalis flaveola), três papagaios (Amazona aestiva), um tiriba-de-testa vermelha (Pyrrhura frontalis), um jandaia (Aratinga jandaya) e seis aves da fauna exóticas - dois canários-do-reino (Serinus canaria), duas calopsitas (Nymphicus hollandicus), dois papagaios-ecletus (Eclectus roratus).
“Todos em situação insalubre, em meio a fezes e urina, presos em locais pequenos, sem espaço de locomoção, não contendo água e alimentação à disposição”, informou o relatório da Polícia. Ainda de acordo com o relatório, os acusados não tinham documentação dos animais silvestres.
Além da Polícia Ambiental, a ativista contou com a ajuda de mais 15 pessoas de sua equipe. Sem dentes nem pelos, alguns cachorros também estavam cegos. Uma yorkshire foi encontrada dentro do armário já com os filhotes mortos. A cadela era usada para amamentar outros cães. "Nunca vi nada igual. Socorro! Deus me dê forças, olhem a mamãe dos filhotes fofinhos que vocês compram", criticou a ativista.
No vídeo divulgado nas redes sociais de Luisa, um colega da ex-apresentadora conta que a dona do local tentou fugir com filhotes dentro do sutiã, além de tentar esconder uma cachorra grávida embaixo do travesseiro.
Adoção
Em sua página do Instagram, a ex-apresentadora pediu calma para quem deseja adotar os animais. "Todos estão sendo atendidos e os casos mais graves houve internação. Uma médica veterinária especialista em silvestres está também conosco agora realizando o primeiro atendimento das aves. Para todos que escreveram, dizendo 'não querer adotar só porque é de raça, mas sim porque amam animais', esses cães não estão prontos para adoção, mas temos cerca de 150 cães sem raça definida (vira-latas), prontos e esperando a chance de serem amados", afirmou ela.
Luiza ainda explicou que existe uma questão legal envolvida para obtenção da posse definitiva dos animais encontrados. "Além da vacinação, vermifugação e castração, que somente fazemos após exames. Somente após a conclusão de todos os trâmites de saúde e jurídicos, que podem demorar semanas ou até meses, iniciaremos o período de triagem dos adotantes, seguindo sempre nossos próprios critérios. Sobre as aves, serão encaminhadas para um santuário para serem, se possível, reintegradas a natureza", disse.
O último resgate feito pela ONG Luisa Mell ocorreu em setembro de 2017 e 135 cães em situação de maus-tratos foram retirados de um canil (identificado como "Mansão Sebastian") localizado em Osasco, na Grande São Paulo. O local vendia animais para pet shops.
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