Casa dos Bruxos diz que corujas eram alerta sobre cuidado com bichos
Após a polêmica da exposição de corujas no evento Casa dos Bruxos, no Shopping Eldorado (em São Paulo), denunciada pela apresentadora e protetora dos animais Luisa Mell, um comunicado oficial justificou o uso dos animais como um alerta contra o abandono dos animais. Segundo a nota enviada à imprensa, em nenhum momento as corujas estiveram sob cativeiro ou presas, como disse Luisa nas redes sociais.
“Eram anilhas de identificação fornecidas pelo órgão ambiental, e um ‘jesse’, objeto de uso para manejo com estes animais aceito e regulamentado pela lei internacional de falcoaria”, diz.
“Realmente existiam corujas URBANAS dentro do seu estabelecimento, mas que estas sempre estiveram dentro das condições ambientais e de manejo permitido pela legislação vigente e especificamente aplicada”, diz o comunicado oficial.
Após o fenômeno Harry Potter, houve uma onda de adoção de corujas como animais de estimação, que mais tarde resultou em uma quantidade significativa de abandonos e devoluções dessas aves. “A intenção de serem apresentadas ao público, era somente para educar e informar sobre os cuidados e alertas para que atitudes como estas não venham a se repetir”, diz a organização do evento.
Empresa nega maus-tratos
A instituição nega que qualquer pessoa pudesse pegar os animais e que somente os responsáveis poderiam maneja-los.
Retirada dos bichos
O shopping informa que a produtora da Casa dos Bruxos não vai mais utilizar as corujas e ainda pede que pessoas e grupos protetores de animais parem de ameaçar os funcionários do evento.
O que dizem os veterinários
Em nota oficial, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) também se declarou sobre o caso e afirmou que estabelecimentos que vendem ou expõem animais devem ter um médico veterinário como responsável técnico (como previsto na Resolução CFMV nº 1069/2014)
“O médico veterinário é o profissional que poderia filtrar as ações que não são compatíveis com o bem-estar do animal”, ressalta Cassio Ricardo Ribeiro, presidente da Comissão Nacional de Bem-estar Animal do Conselho Federal de Medicina Veterinária (Cobea/CFMV). “Se realmente a situação causar um dano ou estresse, o médico veterinário responsável técnico deve buscar formas de minimizar esse estresse, ou mesmo vetar a ação”, completa Ribeiro.
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