Topo

Pausa

Pare, respire e olhe o mundo ao redor


A família real não tem limites: 11 vezes em que a coroa rompeu o protocolo

Rainha Elizabeth se senta ao lado de Anna Wintour na Semana de Moda de Londres - Getty Images
Rainha Elizabeth se senta ao lado de Anna Wintour na Semana de Moda de Londres Imagem: Getty Images

do UOL, em São Paulo

22/02/2018 13h29

Ser membro da realeza britânica vem com uma série de obrigações e, por isso, o comportamento dos membros da família que reina sobre a Inglaterra e outros países do Commonwealth é cerceado por regras, o tal protocolo.

Os motivos em torno delas, no entanto, variam por questões práticas, de segurança, de costume, de etiqueta ou até mesmo simbólicos em relação à coroa. Mas, se um tanto da consistência intrínseca à família e às instituições do reino costuma ser apreciada pelos súditos, desde a chegada da princesa Diana ao palácio de Kensington, o mundo todo passou a se interessar e a se envolver muito mais com qualquer notícia ou empreitada nobre, por pura e simples empatia.

Veja também

Não que a figura da rainha não fosse querida pelo Reino Unido — em décadas de soberania, ela se tornou tão sinônimo de seus territórios quanto a bandeira. Mas uma princesa jovem, que não só se comportava, mas falava abertamente de anseios e questões de pessoas comuns, despertou outro tipo de fascínio no público.

Depois de sua morte, no entanto, a família real parece ter aprendido a lição e, de vez em quando, faz concessões (voluntárias ou um tanto menos planejadas) a respeito de seu protocolo. Veja algumas "polêmicas" reais, de quase todos os dias, dos últimos tempos:

Kate Middleton fez uma tatuagem

A duquesa de Cambridge mostrou que é uma mãe descolada em um compromisso real em fevereiro. Grávida de sete meses, Kate deixou o protocolo de lado e ganhou uma tatuagem de henna durante uma visita na quarta, 21, a um centro comunitário em Sunderland que fomenta manifestações culturais e artísticas entre adolescentes carentes no interior da Inglaterra.

Membros da família real não têm permissão para se tatuar, de acordo com o palácio de Buckingham, mas Kate permitiu que uma jovem imigrante muçulmana aplicasse o desenho em sua mão!

Meghan Markle abriu mão da clutch — e das luvinhas

Em visita a Edimburgo, na Escócia, no dia 13 de fevereiro, a atriz e noiva do Príncipe Harry esbanjou simpatia com uma bolsa verde a tiracolo da marca. O acessório, porém, é uma quebra nos padrões reais, que recomendam o uso de clutches.

Segundo o especialista William Hanson à "Marie Claire" americana, a clutch (ou um par de luvas) evitaria contato direto do público com as mãos de Meghan quando ela precisaria cumprimentar muitas pessoas. Assim, a regra previne doenças que interromperiam a agenda da coroa. A atriz, no entanto, abandonou a ideia para se aproximar do público.

Príncipe William abraçou uma vítima de incêndio

Em visita aos sobreviventes e familiares das vítimas do incêndio que deixou pelo menos 79 mortos em Londres em junho de 2017, o herdeiro da coroa quebrou o protocolo da família real e abraçou uma mulher cujo marido ainda não havia sido localizado nos escombros da tragédia.

Tal atitude não é comum para os monarcas britânicos pelos mesmos motivos de segurança e higiene citados no item anterior. Mas o gesto de solidariedade emocionou os súditos.

Príncipe Harry chamou o irmão para ser padrinho de casamento

    De acordo com a tradição da nobreza britânica, o noivo não possui padrinhos em um casamento, apenas a noiva tem suas madrinhas. Ao subir ao altar, um príncipe tem apenas "apoiadores", como o príncipe Charles teve em seu casamento com Diana. Na época, seus irmãos, os príncipes Andrew e Edward, cumpriram esta missão.

    Não é a primeira vez, no entanto, que o protocolo real será quebrado neste caso. William, ao se casar com Kate Middleton em 2011, também abriu mão dos apoiadores e teve Harry como padrinho. 

    Meghan Markle passou o Natal com a família real

    As comemorações de festas da família real são restritas aos membros imediatos: herdeiros da rainha e seus cônjuges. Este Natal foi a primeira ocasião em que a noiva de um príncipe passou a data junto aos futuros parentes.

    A exceção foi feita, de acordo com especialistas em assuntos reais, porque Meghan já deixou seu país, os EUA, para viver na Inglaterra e cuidar dos preparativos para o casamento. 

    Príncipe Harry resolveu fazer implante capilar

    Assim como o irmão William, o príncipe Harry começa a sofrer com a visível perda de cabelos. Porém, ao contrário do futuro rei e do pai, ele optou por um implante capilar, segundo o jornal "The Daily Star".

    A grande responsável por esta decisão teria sido Meghan Markle, que o ajudou a escolher um profissional para o procedimento. Intervenções estéticas não são parte do repertório de possibilidades da família real, que desencoraja decisões tomadas por estética e vaidade.

    Kate Middleton disse que quer ter o terceiro filho em casa

    Depois de ter dado à luz George e Charlotte no hospital St. Mary's in Paddington, em Londres, a duquesa de Cambridge está considerando ter o terceiro bebê em casa, segundo o jornal britânico "Express". O objetivo seria evitar a exagerada atenção da imprensa em torno do parto.

    Apesar de não ser esta uma quebra protocolar, exatamente, caso aconteça, a decisão romperia com uma já longa tradição da realeza, que desde os anos 70 teve todos os seus bebês nascidos em hospitais. Nos tempos da rainha, no entanto, as crianças nasciam nos palácios, com o acompanhamento de um secretário real para certificação da retidão do procedimento.

    Rainha Elizabeth decidiu ir à London Fashion Week assistir a um desfile

      Pela primeira vez em seus 91 anos, a rainha Elizabeth II compareceu à semana de moda em fevereiro de 2018 para acompanhar os desfiles — um evento este que não tem relação direta com os compromissos filantrópicos e de Estado da monarca.

      A rainha não esboçou reações frente aos looks mostrado e manteve a compostura real, mas aproveitou a ocasião para entregar o prêmio inaugural de design britânico batizado com seu nome ao estilista Richard Queen. 

      Meghan Markle tomou chá com a rainha antes do noivado

      Da mesma maneira como noivas não passam Natal com a família real, namoradas não conhecem a rainha da Inglaterra antes do noivado. No entanto, o príncipe Harry fez questão de apresentar sua amada para a avó para que ela desse sua bênção ao casamento real pessoalmente.

      Príncipe Harry anunciou seu casamento com Meghan Markle, que é divorciada

      A Igreja da Inglaterra, do qual a rainha é chefe, permite o casamento religioso entre divorciados, apenas quando não foram eles a decidir pelo fim do relacionamento anterior. Este era o caso de Meghan, o que traria um desconforto — e um enorme rompimento com as regras da casa, digamos.

      No entanto, apesar de ainda assim representar uma transgressão, o noivado de Harry e Meghan já possuía um precedente: o casamento do pai, Charles, com Camilla. Ambos eram divorciados (e partes ativas em suas separações). Camilla também era notoriamente a amante do atual marido enquanto ele ainda era casado com a princesa Diana. 

      E os dois decidiram mais uma série de quebras de protocolos para essa festa!

      Depois de ter o príncipe William como padrinho, Harry parece ter encorajado Meghan a fazer escolhas mais pessoais para a celebração. Por isso, a noiva já teria manifestado sua vontade de discursar após a cerimônia.

      Outro ponto que pode ser bem diferente no casamento do caçula de Charles é que a noiva deve fazer sua entrada na igreja acompanhada da mãe, já que sua relação com o pai é mais distante.