Famosas se manifestam sobre votação no Supremo sobre mulheres presas
O Supremo Tribunal Federal pode decidir hoje se grávidas e mães presas que não foram condenadas poderão ir para casa e a atriz Leandra Leal está atenta ao debate. Em um post publicado nesta segunda (19), ela levantou a questão e questionou se é justo manter essas mulheres presas enquanto "algumas recebem privilégios".
A atriz citou diretamente o caso da ex-primeira dama do Rio de Janeiro, Adriana Anselmo, que teve este benefício atendido muito mais facilmente que cerca de 42 mil mulheres nesta mesma situação.
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Colega de Leandra, Alessandra Negrini repostou o texto da amiga:
"Galera, um assunto mega sério e urgente. Somos o quinto país do mundo com mais mulheres presas (42 mil), um terço delas ainda não foram sequer julgadas e estão sob prisão preventiva. Uma parte dessas presas é gestante ou mãe de crianças entre 0 e 12 anos. Essas mulheres vivem em situações desumanas, e seus filhos mais ainda. Todo o sistema prisional feminino tem apenas 37 ginecologistas, o que dificulta o acompanhamento pré-natal, que muitas vezes nem acontece.
De forma absurda e desumana, existem casos de presas que davam à luz com pés e mãos algemados. No Rio de Janeiro, uma presa deu à luz sozinha, sem nenhum tipo de assistência, em uma cela solitária. No pós-parto, os direitos das crianças também não são respeitados: em inúmeros casos elas são retiradas de imediato do convívio com suas mães, sem a garantia do aleitamento. Em outros casos, elas ficam com suas mães nas prisões, mas em condições precárias, sem meios para que as mães possam exercer de maneira básica a maternidade.
Na próxima terça-feira, 20 de fevereiro, o STF julgará um pedido de Habeas Corpus, impetrado pelo CADHU, pedindo que as mulheres gestantes, puérperas ou mães de crianças com até 12 anos de idade respondam ao processo em liberdade, como manda a lei. O pedido é para as mulheres nessas condições, mas em prisão preventiva, que sequer foram julgadas.
Lembram que Adriana Anselmo, casada com o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, já teve esse benefício atendido? É justo que ele privilegie apenas algumas mulheres?"
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