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"Orgulhosa por ser uma drag brasileira e nordestina", afirma Pabllo Vittar

Pabllo Vittar endossa a campanha #OCorpoIdealÉoSeu da revista "Marie Claire" - Divulgação
Pabllo Vittar endossa a campanha #OCorpoIdealÉoSeu da revista "Marie Claire" Imagem: Divulgação

Do UOL

30/10/2017 16h26

Capa da edição brasileira da revista “Marie Claire”, Pabllo Vittar, 23, afirmou não só ter orgulho de sua carreira, como também comemorou o fato de ser um exemplo de representatividade.

Me sinto muito orgulhosa por ser uma drag queen brasileira, nordestina, que veio de baixo, tem o apoio incondicional da família e levanta uma bandeira importante em dias de retrocessos. Especialmente quando o assunto é gênero e sexualidade. Sinto tristeza pelas pessoas que não conhecem meu trabalho e se manifestam a meu respeito com ódio. Percebi como o apoio dos fãs é fundamental. Me faz enxergar que muita gente está do mesmo lado, querendo amor, paz, união e tolerância.”

A cantora ainda explicou que se reconhece como um menino gay e drag, ou seja, tudo bem usar o artigo “o” ou “a” para se referir a ela. Inclusive, Pabllo não pretende mudar nada em seu corpo. “Se eu tivesse nascido uma pessoa trans, você acha que já não teria mudado tudo e estaria por aí, linda?”, questionou.

Pabllo nunca teve dúvida sobre sua sexualidade e a revelação de sua homossexualidade surgiu na adolescência.

“Nunca tive namoradinha, não faz meu estilo, desde criança. Contei para minha mãe que era gay aos 15 e nem surpresa ela ficou. Sempre me apoiou – aliás, a família inteira, minhas irmãs também. Meu pai biológico não conheço.”

Apesar de não ser fã de malhação, a cantora precisou intensificar os treinos para ter mais disposição e confessa que não deixa de malhar o bumbum e as pernas. “Amo minhas pernas. Malho muito a perna e a bunda desde sempre, porque fiz balé clássico. Vou colocá-las no seguro”, disse aos risos.

Além da Pabllo, a edição da revista também produziu capas com as cantoras Gal Costa e Iza.