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Mães contam os maiores medos que tiveram durante a gravidez

Getty Images
Imagem: Getty Images

Gabriela Guimarães e Veridiana Mercatelli

Colaboração para o UOL

03/10/2017 04h00

Cada gestação tem uma história única, mas o que costuma acompanhar todas elas é o medo que aparece por diferentes razões e em diferentes fases. Alguns são mais intensos, outros menos, mas todos devem ser respeitados. A seguir, confira a história de mães que dividiram com o UOL seus receios de gestante. 

“Tinha medo de ir ao banheiro e ver sangue na calcinha”

“Eu tinha medo de respirar. Perdi o primeiro bebê, antes de engravidar do Davi. Então, tinha medo de ir ao banheiro e ver sangue na calcinha, de espirrar e ele sair. Cheguei a sonhar que me sequestravam por conta da barriga. Aí, com 3 meses de gravidez, descobri a pré-eclâmpsia. Tive que viver pela gestação, literalmente. Busquei ajuda em um grupo de gestantes no Facebook, para amenizar meus medos. Foi muito importante para mim contar com o apoio de outras mães, que também tinham suas neuras.” Carolina Adami, 38 anos, comerciante.

“Tive medo do meu filho não ser amado pelo pai”

“Eu me separei quando estava grávida de quatro meses. Aí, meu mundo caiu. O pai do meu filho chegou a dizer que não iria amá-lo, que seria como um parente distante. Isso me trazia muita dor, porque eu não tive pai e não queria que meu filho passasse pelas dificuldades que passei: ir para escola e ver os pais dos amiguinhos e o dele nunca estar lá. Nem nos aniversários ou mesmo, dia dos pais. Foi só depois de me consultar com psiquiatra e psicólogo que consegui lidar com esse medo.” Carina Brito, 30 anos, assistente administrativo.

“Tive medo de não saber cuidar da minha filha”

“Durante a gravidez, eu ficava apreensiva, com medo de que eu não soubesse cuidar da minha filha. Eu nunca tinha segurado bebês pequenos no colo por medo de machucar, então ficava apavorada de não saber dar colo para o meu bebê. Também tinha receio de não conseguir amamentar. Tantas coisas passavam na minha cabeça! Ainda sinto medo do futuro dela, mas muitas das aflições que tive na gravidez se revelaram coisas naturais após o nascimento.” Ana Lucia Aluoto, 40 anos, dentista.

“Tive medo de parto prematuro”

“No quarto mês de gestação, tive infecção de urina e li que isso fazia perder líquido amniótico e causava parto prematuro. Passei a ter muito medo desse cenário e toda vez que fazia xixi, cheirava a calcinha, porque diziam que líquido amniótico tinha cheiro de água sanitária. Minha médica me orientou a tomar água de coco, que ajudaria a repor o líquido amniótico. Mas esse medo me seguiu por 39 semanas, até o dia que meu filho nasceu, lindo, saudável, chorão e a médica precisou drenar líquido amniótico por 5 minutos, de tanta água de coco que tomei!” Aline Pardo, 33 anos, biomédica.

“Cada fase da gravidez foi um medo diferente”

“O principal medo que tive no início da gravidez era de perder a bebê. Depois, eu tive medo de que ela tivesse má formação ou alguma deficiência. Em seguida, tive medo de que ela morresse no parto. Cada fase da gravidez foi um medo diferente. Por conta desse último medo, procurei o parto que eu acreditava ser o melhor, principalmente pra ela, e consegui o parto natural hospitalar sem nenhuma intervenção.” Melina Paladino, 35 anos, maquiadora