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Sou virgem, e daí? 6 jovens contam por que ainda não transaram

Getty Images
Imagem: Getty Images

Carolina Prado e Gabriela Guimarães

colaboração para o UOL

07/09/2017 04h00

Se você acha que não há mais jovens virgens por aí, você se engana. Por diferenes motivos, muitos decidiram não transar. O UOL foi colher depoimentos de seis deles para saber o que os fez decidir por não fazer sexo. Os sobrenomes foram omitidos a pedido dos entrevistados

A pedido da namorada

“Eu nunca fui o mais desejado da turma, quase não tive oportunidades de perder a virgindade. Quando tive, com uma menina que ficava, fui lerdo e o momento passou. Ao conhecer minha namorada, eu e ela ganhamos intimidade e foi surgindo a vontade. Mas apareceram barreiras para ela, pela forma como foi criada e por influência religiosa. Precisei administrar o meu desejo, porque quero descobrir a intimidade com ela. Hoje, eu a espero se sentir pronta para esse momento.” Carlos Henrique, 24 anos.

Ela não se imagina transando

“Eu tenho uma doença de pele incurável, chamada acantose nigricans [manchas escuras que surgem nas regiões com dobras de pele, como axilas, pescoço e e virilha], que me fez desenvolver o pensamento de que seria impossível, para mim, transar, ter um contato íntimo com outra pessoa. Eu me acostumei tanto com a ideia que, hoje, eu não me imagino tendo uma relação sexual, me parece meio bizarro e anti-higiênico. Eu nunca nem sequer namorei.” Tathiana, 22 anos.

Só depois de casar

“Eu acredito que será mais especial, se a minha primeira vez for depois do casamento. Tomei essa decisão aos 15 anos de idade. Eu já namorei, então, posso dizer que manter isso não é fácil. A vontade vem, mas também passa. E não posso sentir falta de algo que nunca experimentei. Como estou na faculdade, a crítica é um pouco mais pesada. Já me falaram que eu não aguentaria, me chamaram de quadrada. Mas é uma decisão minha.” Julia, 20 anos.

Razões religiosas

“Nasci em uma família cristã, mas posso dizer que me encontrei, mesmo, na religião aos 20 anos. Só que antes ainda, no Ensino Médio, eu já tinha decidido transar apenas com meu futuro marido. Foi minha escolha, ninguém impôs. Fui bastante questionada sobre isso na adolescência, era até zoada pelas meninas da sala. A minha decisão, embora tenha sido reforçada por princípios bíblicos, também tem a ver com respeito ao meu noivo. Nós dois decidimos juntos esperar.” Lays, 24 anos.

Ainda não rolou

“Eu acho que ainda não encontrei alguém com quem eu me sinta confiante o suficiente para entregar corpo e emoções. Antes, manter a virgindade era uma decisão. Mas, hoje, eu não me regulo mais. Pode ser que ocorra de me entregar para alguém amanhã ou no ano que vem.” Marília, 21 anos.

Namoros não foram maduros

“Eu não sou puritana à espera de um príncipe encantado. Sou a favor do sexo antes do casamento, mas não tive namoros maduros o suficiente para chegar na hora H. Ser a única virgem do grupo de amigas é estranho, mas o sexo não deve ser uma pressão social. É a sua intimidade e só diz respeito a você. Por que fazer algo que eu não quero só para ficar em nível de igualdade com as minhas amigas ou para agradar um carinha que eu ainda não tenho vínculo afetivo?” Bruna, 24 anos.

Os sobrenomes foram omitidos a pedido dos entrevistados*