9 dicas para que a falta de grana não prejudique sua relação
Imagem: Getty Images
Heloísa Noronha
Colaboração para o UOL
21/08/2017 04h00
O quanto tem de verdade o ditado popular "quando a falta de dinheiro bate na porta, o amor sai pela janela"? Seja qual for a razão da dureza, a falta de grana prejudica a saúde emocional das pessoas, fragiliza, provoca ansiedade, gera mudanças no padrão de sono e de alimentação. Não é raro ver o medo, a baixa autoestima e a sensação de impotência se projetarem dentro do relacionamento, provocando falta de paciência, rancor e diminuição do desejo sexual. É preciso remar contra essa maré. Mas como?
1. Não sejam infiéis financeiramente
Os dois têm que encarar a realidade e cooperar. Isso significa não fazer nada escondido do outro, mesmo que seja com boas intenções. Exemplos? Mentir sobre o valor de compras, esconder objetos comprados, apelar para um empréstimo sem analisar bem os juros, vantagens e desvantagens, deixar de pagar um financiamento para não assumir que está sem dinheiro, continuar gastando normalmente para não admitir o verdadeiro cenário etc. Não se enganem: vocês precisam fazer combinados claros e cumpri-los para saírem do vermelho.
É preciso lembrar que as coisas não são permanentes, portanto, uma crise sempre é passageira. Por que então perder o otimismo e alimentar a insegurança? É bom, ainda, se livrarem da crença de que o dinheiro é a fonte suprema da felicidade. Embora ele seja fundamental, pode, no máximo, ajudar as pessoas a serem mais otimistas ou seguras. Mas não há uma garantia! Nem todo casal nadando na grana é exemplo de felicidade no amor. O ideal é procurar um ângulo positivo da situação, nem que seja sua serventia como aprendizado.
Imagem: Getty Images3. Não tiranizem um ao outro
Às vezes, problemas financeiros podem ter sido gerados por apenas um dos dois, mas não significa que o outro tem o direito de massacrá-lo emocionalmente. De nada adianta ficar apontando erros. Alfinetar, punir ou culpar não vai depositar dinheiro na sua conta, mas afastará vocês. Aquele que está desempregado ou endividado pode se sentir inútil e ficar deprimido, impossibilitando qualquer tipo de ação. Já o que está trabalhando corre o risco de se achar sobrecarregado, entrando numa espiral de reclamações. Vocês devem se unir.
4. Persistam nos sonhos
Mesmo que o período esteja ruim, os sonhos precisam ser alimentados. Não é porque vocês estão enrolados com o cheque especial hoje que devem tirar da cabeça a imagem tão almejada dos dois passeando de mãos dadas pelas ruas de Paris. Usem a esperança do que querem viver juntos como força e impulso para encarar o drama financeiro e superá-lo.
5. Estudem como vão sair dessa
Procurem livros, artigos, blogs ou sites sobre educação financeira e avaliem quais das ações sugeridas têm condições de colocar em prática o quanto antes. Vocês ainda podem conversar com os credores e negociar propostas melhores. Diante de um problema, é comum a ansiedade e o medo tomarem conta e a gente paralisar ou ficar perdido sem saber o que fazer. É importante saber a extensão do rombo e mobilizar-se para deter seu crescimento, trabalhando a solução o quanto antes. Estabeleçam um plano.
6. Divirtam-se
Tiveram de cancelar o plano da academia? Exercitem-se no parque. Sem grana para cinema, teatro ou ver um show? Netflix é vida (leia-se: é baratinho) e programas culturais gratuitos existem aos montes por aí, basta ter boa vontade de pesquisar. Visitem amigos, cozinhem em casa, percorram exposições. Para se divertir a dois basta ter disposição e criatividade.
7. Mantenham o afeto em dia
O pagamento das contas pode até atrasar, mas a troca de carinho e o apoio, não. A falta de dinheiro exige que o casal dedique atenção redobrada à qualidade do relacionamento. É essencial estarem afinados e se sentirem queridos e desejados. Não é porque a crise financeira chegou que o casal não precisa mais se agradar. Um chocolatinho comprado com amor, um simples botão de rosa e um bilhete afetuoso podem operar milagres.
Imagem: Getty Images8. Fujam das armadilhas da vitimização
Os homens, em geral, tendem a sentir vergonha de não ter dinheiro, mesmo que não provenham a casa sozinhos. São dominados pela sensação de impotência e fracasso, mesmo que a crise seja transitória. Para eles, não se isolar e trabalhar a autoestima é fundamental. As mulheres, por outro lado, tendem à autoindulgência, compensando a fase de privação com presentinhos para si mesmas que, no fim das contas, só causam ainda mais dano. Evitem sentir pena de si mesmos e vão à luta.
9. Coloquem a casa em ordem
Procurem fazer no tempo livre atividades que não custam dinheiro ou que outrora vocês terceirizavam, como arrumar a casa, fazer uma faxina geral, arrumar gavetas, cuidar do jardim, doar o que não usam mais, etc. Organizar algo vai trazer uma sensação boa de que a vida está entrando nos eixos.
FONTES: Lizandra Arita, psicóloga clínica, de São Paulo (SP); Márcia Tolotti, psicóloga, psicanalista, educadora financeira e autora do livro "As armadilhas do consumo" (Ed. Campus), e Triana Portal, psicóloga clínica e terapeuta de casal, de São Paulo (SP)
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