10 fatos sobre sexo que farão você agradecer por viver nos dias atuais
Mesmo que sua vida sexual não seja a que você sonhou, pense bem antes de reclamar. Já pensou se casar com alguém que você jamais veria sem roupas? Ou transar só através de um buraco? Você, certamente, terminará de ler esta lista pensando: obrigado por viver nos dias atuais.
1. Tira a mão daí, rapaz
Em 1758, o neurologista suíço Samuel Auguste Tissot (1728-1797) publicou "Onanismo, Dissertação sobre as Doenças Produzidas pela Masturbação", livro que aterrorizou os homens. Segundo ele, o prazer solitário podia provocar loucura, visão turva, gota, reumatismo e enfraquecer o pênis. Para driblar a tentação de brincar com o amigão, Tissot recomendava suprimir os bolsos das calças e usar luvas. Se a família desconfiasse que havia um masturbador em casa --magreza e olheiras seriam indícios--, o coitado tinha de usar camisolas ou cuecas de couro e aplicar gelo e sal nas partes.
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2. "Amar, Gozar, Morrer" lembra um romance atual...
Na segunda metade do século 19, os "romances para homens" viraram moda. Com várias gravuras explícitas, esses livros tinham como principal tema a vida sexual de homens famosos. Exemplos: "Cartas Pornográficas de d. Pedro I" e "Os Amores Secretos de Pio IX". As mulheres não podiam nem sequer colocar as mãos em tais obscenidades, sob o risco de despertarem para curiosidades lascivas. No entanto, na forma de adúlteras, virgens ou prostitutas de luxo viravam protagonistas de títulos como "Amar, Gozar, Morrer" e "Os Prazeres do Vício".
3. Nada de posições que imitam animais, pessoal
Ao final do século 18, a Igreja Católica determinava o que o casal devia fazer na cama: somente sexo para procriação e usando o "vaso natural", ou seja, a vagina. Sexo oral, sexo anal e posições "sujas e feias" típicas dos animais eram considerados errados. Preliminares e palavras picantes, então, nem pensar. A não ser que estivesse menstruada ou muito doente (à beira da morte), a mulher não podia se negar a cumprir suas obrigações com o marido, sob o risco de ser considerada pecadora.
4. Lençol com buraco não era velho, não
Em certas regiões, o conservadorismo era tanto que as pessoas casadas nem se tocavam ou se viam nuas. Para transar, um buraco era feito no lençol para o homem introduzir o pênis. O tecido impediria "pensamentos impuros". Oi?
5. Olhe para o seu sabonete e diga "obrigado" todos os dias
O crescimento da indústria de produtos de higiene, já no século 20, ajudou muito a melhorar a vida sexual dos brasileiros. Com corpo e dentes mais limpinhos graças à pasta de dente, aos sabonetes e ao desodorante, homens e mulheres se sentiram estimulados a explorar novas possibilidades, e a se dedicar às preliminares.
6. Uau! Que sexy aquela fungada, hein?
Prostrar-se sob a janela da amada e mandar uma bela fungada de nariz, como em um resfriado, era o jeito luso-brasileiro de um rapaz demonstrar interesse entre os séculos 17 e 18. Tossir, assoar novamente o nariz e dar cuspidelas davam sequência ao flerte.
7. Seio é coisa para bebê
Ninguém dava a menor bola para os seios no século 19, pelo menos aqui no Brasil. Eles eram chamados de "aparelhos de lactação" pelos médicos e não despertavam atração sexual. Quando a lingerie virou objeto de fetiche, já no século 20, eles passaram a ser cobiçados.
8. Já experimentou o "peixinho dourado"? Sabe de nada, inocente
Nos bordéis do século 19, as pessoas curtiam uma posição esquisita chamada "peixinho dourado". O homem e a mulher ficavam com as mãos amarradas e se deitavam, transando sem se tocarem com os dedos.
9. Camisinhas lavadas, delicadamente, à mão
As camisinhas só foram liberadas no Brasil em 1979 (sim, só há menos de 40 anos!). Por volta de 1870, quando surgiram os primeiros preservativos de borracha, eles eram tão caros que os homens costumavam lavá-los e usá-los várias vezes. Só jogavam fora quando a borracha arrebentava.
10. Deixar o par ir à missa sem você? Nem a pau!
Proibidos de qualquer tipo de carícia em público, em alguns casos até o simples roçar das mãos, os jovens viam nas cerimônias religiosas como as procissões um pretexto para "sarrarem" no século 18. Pessoas casadas não podiam comparecer à igreja sem o respectivo par, para fugirem das relações extraconjugais.
Fontes: Claudio Blanc, autor de "Uma Breve História do Sexo" (Ed. Gaia); Marcelo Duarte (escritor) e Jairo Bauer (psicólogo), autores de "O Guia dos Curiosos - Sexo" (Panda Book), e Mary Del Priore, historiadora e autora de "Histórias Íntimas - Sexualidade e Erotismo na História do Brasil" (Ed. Planeta).
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