Tatuar a axila é nova moda; pode isso?

Com o verão no hemisfério norte, tem ganhado visibilidade –por motivos de braços à mostra —uma nova moda: tatuagens nas axilas. Por meio do Instagram, tatuadores dos Estados Unidos e do Canadá têm compartilhado desenhos feitos para caber exatamente nessa área do corpo.
A polêmica
Há tempos as tatuagens têm avançado sobre novas áreas do corpo, como a cartilagem das orelhas, mas a região embaixo do braço aparenta ser bastante sensível. Em função disso, seria mais delicado tatuá-la? O desenho prejudicaria a capacidade de a pessoa suar?
Pode isso?
Para a dermatologista Caroline Mourão Abdo, especialista pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, não há impacto algum do ponto de vista da saúde tatuar a axila.
“Há os riscos de fazer uma tatuagem em qualquer parte do corpo: de alergia, de infecção e de formação de queloides”, afirma a médica.
Cuidados extras
Já a dermatologista Flávia Ravelli, chefe do departamento de dermatologia da maternidade Pró Matre, em São Paulo, dedicaria cuidados extras ao optar por um desenho nessa região.
“A axila é quente, úmida e abafada, condições preferidas de micro-organismos causadores de infecção. Ao fazer uma tatuagem nessa área, o ideal é caprichar nos cuidados, lavando com sabonete com pH próximo da pele e usando creme cicatrizante”, diz Flávia.
Como ficam os pelinhos?
Segundo as dermatologistas, o uso de desodorante e depilação com lâmina ou cera só devem ser retomados quando a tatuagem estiver completamente cicatrizada. A depilação com laser e a fotodepilação passam a ser desaconselhadas, porque podem destruir o desenho.
E o suor?
Caroline Mourão Abdo afirma que tatuar a axila não prejudicará a saída do suor. Já Flávia Ravelli prefere dizer que, a princípio, não vê prejuízos para a sudorese. “Mas trata-se de um procedimento novo e que a gente desconhece as consequências a longo prazo.”
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