"Superei a depressão visitando quase 50 cachoeiras com meu bebê pequeno"
Quando seu filho tinha três meses, a vendedora Alivea Binder, 24, foi surpreendida pelo fim do relacionamento com o pai da criança. Ela entrou em depressão e a terapia não teve efeito. Decidida a dar a volta por cima e a criar laços com o menino, pensou em uma meta pouco convencional: visitar juntos 50 cachoeiras, número prestes a ser atingido -- falta apenas uma. Graças às caminhadas, ela conta que aprendeu a gostar de ser mãe solo e a se amar.
"Três meses depois de o Rowdy nascer, meu relacionamento terminou e meu então namorado foi para outro Estado. Ele ainda faz parte da vida do meu filho, mas eu imaginava que iríamos ficar juntos para sempre e fiquei devastada. Entrei em depressão.
Eu fiz terapia por um tempo e era bom poder falar com alguém sem ser julgada, mas senti que não estava melhorando. Passava horas em casa chorando. Comecei a fazer trilhas porque precisava me distrair de alguma forma. Eu era uma mãe solo sem um tostão e caminhar era uma maneira barata de sair de casa. Já tinha feito trilhas antes, mas nada tão extremo.
Mesmo com chuva ou neve, praticamente todo fim de semana acordo às seis da manhã para me arrumar e vou até os locais. Costumo passar a manhã caminhando, em média são cerca de cinco quilômetros. É como uma terapia para mim, porque quando estamos na trilha só penso em nós dois e no caminho. Minha mente fica livre de distrações. Aproveito para me desligar do celular e das outras pessoas.
"No fim, sinto alívio e muito orgulho"
Às vezes eu queria desistir e ir para casa e parar, mas daí me lembro que tenho um garotinho incrível que me adora e que preciso completar esse objetivo não só por ele, mas também por mim. Depois de terminar uma caminhada difícil, sinto alívio e muito orgulho.
Rowdy fica muito feliz durante as caminhadas, com um sorriso gigante no rosto o tempo todo. Ele olha em volta e observa cada detalhe, sempre falando comigo. Ele está com 10 quilos e vai completar um ano em julho.
Para ter certeza de que eu posso protegê-lo se encontrarmos uma pessoa ruim ou um animal, carrego um spray de pimenta. Quando fazemos uma caminhada com chuva ou neve, eu me certifico de que estamos vestindo roupas adequadas, o que envolve proteção para o rosto, gorro, meias compridas e calças grossas.
A minha cachoeira favorita até agora foram as Quedas de Toketee [no condado de Douglas, Oregon]. A cor da água é surreal, me senti como se estivesse em um filme. Eu acho que tentaremos chegar às 100! Eu pesquisei bastante e ainda há muitas que gostaria de ver.
"A cada caminhada eu me encontro mais"
Antes de começar esse projeto, eu estava tão deprimida que ficava em casa sentada e chorando, deixando as emoções no controle. Agora eu superei a depressão e cresci como pessoa. A cada caminhada eu me encontro mais.
Eu aprendi que, não importa quão ruim a situação fique, eu sou uma pessoa forte, incrível e independente que pode conseguir qualquer coisa que quiser. Aprendi a me amar e a amar ser uma mãe solo. Alguns dias são difíceis, muito difíceis, mas estou fazendo isso completamente sozinha e está dando tudo certo.
Se eu pudesse dizer algo para alguma mãe solo que está enfrentando uma situação parecida, diria que: se eu pude sair dessa depressão horrível, você também pode. Tenho muita fé em você! Sei que não é fácil e que em alguns dias você se sente derrotada, mas é possível... Eu prometo. Basta olhar para seus filhos e saber que eles precisam de você. Você precisa ser forte para eles. Nenhuma mulher quer se tornar uma mãe solteira e fazer tudo sozinha, mas você consegue.
Meu objetivo número um na vida é ser a melhor mãe possível e, para isso, preciso cuidar de mim. Estar deprimida acontece, mas só precisa ser temporário. É preciso encontrar sua felicidade e se libertar de tudo negativo. Traçar uma meta e ir atrás dela."
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