Contrair vagina no sexo ajuda a chegar ao orgasmo, veja outras técnicas

Chegar ao orgasmo pode ser difícil para muitas mulheres. Um estudo divulgado em 2016 pelo Projeto de Sexualidade da Universidade de São Paulo apontou que isso é realidade para 55,6% das brasileiras. Na maior parte dos casos, é simples mudar isso — e algumas técnicas podem ajudar:
Explorar a própria vagina
Para algumas mulheres, a vagina é uma das partes mais desconhecidas do corpo. A ONG britânica The Eve Appeal, que trabalha a conscientização sobre os tipos de câncer do sistema reprodutivo, pediu, durante um estudo, para mil mulheres apontarem em um desenho de livro de biologia onde ficava o órgão. Entre as entrevistadas, com idades de 26 a 35 anos, metade não sabia o lugar certo. Essa falta de intimidade com o próprio corpo, é claro, influencia no prazer. Para vencer a barreira do desconhecimento, o primeiro passo é colocar um espelho entre as pernas e explorar a própria vagina.
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Investir na masturbação
Para ter um orgasmo com alguém, é preciso ter atingido o clímax antes, sozinha. "Muitas mulheres acham isso perda de tempo e desvalorizam o próprio prazer", diz a sexóloga Lelah Monteiro. Beatriz*, 20 anos, comprovou que a estratégia funciona. "Antes, só o cara gozava e eu, não. Então, comecei a me masturbar e a entender mais sobre o meu corpo e o que me dava prazer. A partir daí, parece que eu tomei mais coragem, sabe? Comecei a mandar a real para os caras: de forma bem objetiva, fui guiando eles e dizendo o que me favorecia", conta a estudante.
Explorar o corpo todo
O orgasmo feminino não está associado apenas ao sexo vaginal, com penetração. "Trabalhar outros focos sensoriais pelo corpo, além do genital, facilita a excitação", diz a psicóloga Quetie Mariano, do Centro de Referência da Saúde da Mulher do Hospital Pérola Byington. Nas mulheres, a parte interna da coxa, a região abdominal — quatro dedos abaixo do umbigo —, o pescoço, a nuca, o colo e os seios são regiões muito receptivas. Estímulos aplicados ao períneo — o espaço entre o ânus e a vagina — também costumam gerar muito prazer.
Estimular a lubrificação
A penetração a seco não é nada agradável. Para favorecer a lubrificação natural, o par pode fazer uma massagem nos pequenos lábios, usando o polegar. Mas, se achar que a umidade interna não é suficiente, também vale recorrer aos lubrificantes à base de água.
Fortalecer a musculatura da região
Fazer exercícios que fortaleçam a musculatura da vagina aumenta a sensibilidade local. Para começar, você pode contrair os músculos quando vai ao banheiro. "Logo após o xixi, a mulher pode colocar dois dedos na vagina, contrair e ficar tentando apertar. Peço para as minhas pacientes fazerem isso três vezes ao dia, com dez repetições", diz o ginecologista Marcelo Ponte. Também funciona como exercício tentar parar o fluxo da urina sem contrair os músculos abdominais, da coxa ou das nádegas.
Contrair a vagina durante o sexo
A recepcionista Celina*, 22 anos, só conseguia gozar quando se masturbava sozinha. Até que um dia, durante o sexo oral, ela chegou ao clímax. "Fui analisar o que tinha acontecido de diferente e percebi que eu tinha contraído os músculos da vagina no movimento de 'abre e fecha', enquanto o clitóris era estimulado", conta.
Acertar a posição
É mais fácil chegar lá em uma posição que permita estimular o clitóris. A que a mulher se senta em cima e de frente para o parceiro, entrelaçando as pernas na cintura dele, é uma das melhores. Assim, o pênis alcança a parte anterior da vagina — um ponto excitante para as mulheres —, ao mesmo tempo em que o clitóris é estimulado pela fricção com o púbis do homem. Na posição "papai e mamãe", a mulher também pode fazer um "V" invertido, com os dedos indicador e médio, e encaixar no pênis. Assim, durante o movimento da penetração, a mão vai esbarrar no clitóris, ajudando a disparar o orgasmo.
*Os nomes foram alterados para preservar a identidade das entrevistadas.