"Boa Noite Cinderela de Mischa Barton me fez lembrar da minha história"
A atriz Mischa Barton, que foi internada na quinta-feira, 26, após ter um surto em casa, deixou o hospital e enviou um comunicado para a revista "People" no qual afirma que foi vítima de um "Boa Noite Cinderela". Em nota, a protagonista da série "The O.C.", disse que saiu com um grupo de amigos para celebrar seu aniversário, quando percebeu que alguém tinha colocado algo em sua bebida. "Percebi que algo estava errado, já que meu comportamento estava ficando irregular e isso se intensificou com o passar das horas", disse no comunicado.
A história fez com que Alessandra*, 30, relembrasse dos momentos de medo que viveu quando também foi vítima de um "Boa Noite Cinderela" enquanto fazia um intercâmbio:
"Quando vi que a atriz Mischa Barton foi vítima de um Boa Noite Cinderela, só consegui me identificar com a história e pensar “te entendo, amiga”. Tudo aconteceu quando fui fazer um intercâmbio no Canadá. Antes de ir para ficar de vez em Vancouver, passei uma semana em Whistler, uma cidadezinha turística com estação de esqui. Como cheguei dois dias antes do Ano-Novo e não conhecia ninguém, logo fiz amizade com um pessoal de uma escola de inglês, que me chamou para festejar na rua com eles no Ano-Novo. Resolvemos ir para uma festa que era uma balada subterrânea, muito comum no local por conta do frio, descemos as escadas, pagamos 50 dólares e ‘voilá’: open bar a noite toda.
Resolvemos tomar espumante e deixei a minha taça em uma mesinha que estávamos e fui dançar bem perto da mesa. Toda vez que ia pegar a taça, ela estava cheia de novo. Assim, tomei umas três taças antes de dar meia-noite. Quando começou a contagem regressiva do “10, 9, 8...”, notei que estava completamente grogue, como se tivesse tomado três garrafas sozinha. Tinha costume de beber, então, logo percebi que era impossível que três taças tivessem me deixado daquele jeito. Desmaiei praticamente na balada, estava completamente fora de mim.
Os garotos que estavam comigo perceberam e me levaram embora. Tentaram subir no ônibus comigo, até então estava cambaleando, e o motorista se recusou a me levar. Resolveram chamar um táxi, que também recusou me transportar. Nisso, não aguentei e desmaiei, no meio de uma ponte, na neve. E, assim, fui parar no hospital. Acordei às 4h30 da manhã em uma cama muito mal, não conseguia falar. Tentava, mas não conseguia. Queria pedir para enfermeira para ir ao banheiro e o som não saia da minha boca. Foi bizarro.
Quando acordei, morri de medo ao ver que minha calça estava aberta e molhada. Olhei para a cara de um colega japonês, que estava hospedado no mesmo lugar que eu e que ficou do meu lado durante tudo o que aconteceu, e ele me disse que eu tinha caído na neve, por isso, estava com a calça molhada e o cabelo duro. Foi ele quem me contou tudo o que aconteceu enquanto estava desacordada. Graças a Deus nada aconteceu, mas tive que confiar no que esse meu colega contou ou, então, ficaria louca imaginando o que pode ter acontecido nesse dia.
Morri de vergonha, pois achei que tudo aquilo era fruto de uma bebedeira pesada. Só compreendi mesmo o que tinha acontecido depois que, com a ajuda do meu pai que estava no Brasil, peguei o laudo médico e tinha na descrição: “intoxicação por drogas”. Foi horrível. Fiquei três dias de cama, não conseguia fazer nada. Hoje, jamais passaria por essa situação, porque o amadurecimento, naturalmente, ajuda evitar esses momentos. Meu conselho para quem sai muito é nunca ficar, nem por um instante, longe do copo e não pedir para ninguém buscar bebidas para você. Cuide do que é seu para evitar uma experiência traumática."
* Nome trocado a pedido da entrevistada
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