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Lu Gimenez ficará amiga da ex de Jagger? Estas mulheres traídas ficaram

A apresentadora afirmou em entrevista que escreveu uma carta de desculpas para a ex-modelo Jerry Hall - Francisco Cepeda/AgNews
A apresentadora afirmou em entrevista que escreveu uma carta de desculpas para a ex-modelo Jerry Hall Imagem: Francisco Cepeda/AgNews

Thamires Andrade

Do UOL

26/01/2017 10h31

Em entrevista ao jornal britânico "Daily Mail", a apresentadora Luciana Gimenez afirmou que escreveu uma carta, há alguns anos, para Jerry Hall se desculpando por ter engravidado do cantor Mick Jagger, então marido da ex-modelo americana. "Escrevi por favor, me perdoe, mas ela nunca me respondeu. Também não esperava que respondesse, mas queria que ela soubesse que eu sentia muito", afirmou à publicação. Mas nem sempre o pedido de desculpas fica sem respostas... Prova disso é a história de Carolina*, 37, e Akemi*, 27, que, depois de serem enganadas pelo mesmo homem, viraram amigas!

Carolina namorava Lucas* e terminou o relacionamento, pois se interessou por outra pessoa. "Nós namorávamos fazia uns três anos, terminei porque me apaixonei por outro. Ele ficou arrasado. Ficamos três meses separados e, nesse meio tempo, ele conheceu a Akemi", relembra.

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Segundo Akemi, logo que o relacionamento deles começou, ela notava que ele ainda pensava muito na ex. "Falava muito de culpa, do círculo de amizade que teve que abdicar por causa do término, essas coisas. E a mera existência dela começou a me afetar muito. Olhava as fotos no Orkut diariamente, ficava nos comparando. Tudo fruto da rivalidade que ele fomentava", afirma.

Como a antiga namorada tinha quase 10 anos de diferença da nova, o rapaz fazia questão de mencionar sobre a liberdade que tinha com a ex, o entrosamento sexual e as viagens que eles faziam juntos. "E eu tinha acabado de fazer 18 anos, então, me sentia muito atrasada. Tinha vergonha das minhas limitações. Ele fazia com que eu me sentisse inferior, realmente. Só que eu não percebia isso, achava que o problema era a existência da Carol", afirma Akemi.

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Na época a rede social do momento ainda era o Orkut, e Carol começou a perceber que o ex começou a se envolver com outra pessoa. "Descobri que o outro cara não tinha nada a ver comigo e, ao mesmo tempo, meu ex atualizou o status de relacionamento para namorando. Fui atrás dele e voltamos", conta.

E foi aí que, segundo Carol, "começou um inferno" que só foi terminar quase um ano depois. "Fuçava tudo que a Akemi fazia virtualmente e achava que se ela caísse em um bueiro meus problemas estariam todos resolvidos", diz.

Depois que Lucas voltou a namorar com Carol, ele deu vários "perdidos" em Akemi e ela percebeu que ele provavelmente tinha voltado com a ex. "Depois de um mês nessa enrolação, ele falou que tinha percebido que ainda gostava da ex e que ia tentar de novo com ela. Chorou muito, mas eu estava furiosa, pra mim aquilo era perder, e ela tinha ganhado", relembra.

Carol lembra que logo que eles voltaram a namorar ele também deu “perdido” nela para sair com Akemi. "Quem me contou foi justamente o cara que eu tinha ficado nesse tempo. Ele encontrou os dois juntos", diz.

Depois de um tempo, Akemi relembra que ele voltou a ir atrás dela, dizendo que tinha dado um tempo com a atual. "Ficamos nessa por um bom tempo. As duas se odiando enquanto ele saia ileso e ainda ficava com as duas", conta.

Carol, então, percebeu que estava odiando uma pessoa que nem conhecia. "Esse ódio acabou comigo. Emagreci 20 quilos, virei um ser vazio, que só vivia em função dessa história e desse ódio. Um dia, sonhei que encontrava a Akemi em uma festa sozinha e chorando. Fui e fiquei perto dela, dei um abraço e chorei também. Aquele sonho foi libertador", relembra.

Logo que acordou, Carol escreveu um e-mail para Akemi. "Não lembro muito bem o que eu escrevi, pois já faz mais de nove anos, mas era um pedido de perdão e uma proposta de ficarmos em paz. No sonho, ela parecia precisar de mim, mas, na verdade, eu precisava desse perdão para me libertar", afirma.

Akemi confessa que não respondeu o e-mail logo que recebeu, pois estava um pouco ressabiada. "Afinal, éramos rivais! Mas depois de uns dias, percebi que ela tinha sido sincera. Refleti e me vi na mesma posição. Lembro da sensação de alívio quando nos perdoamos. Abriu um espaço dentro de mim. Foi muito especial", diz.

No fim, levou mais tempo para as duas perdoarem Lucas do que para se perdoarem. "Mesmo com todo ódio, achava a Akemi uma menina linda, inteligente e que escrevia textos incríveis, achava ela foda e isso piorava tudo", relembra Carol. "Na real, a Carol era tudo que eu queria ser: descolada, livre, estilosa. Era muito doido. Projetava todas as minhas inseguranças nela", relembra Akemi.

Na opinião das duas, que hoje são amigas, o feminismo deixa as mulheres de hoje mais amparadas para lidar com essas situações. "Até hoje não acredito como fui me enfiar em uma história assim. Acho que por falta de orientação mesmo, de referências de mulheres fortes, que não precisam disso", afirma Carol.

Já Akemi acredita que a sociedade estimula essa competitividade entre as mulheres. “Você conta uma situação dessa para uma amiga e, geralmente, ela também estimula a rivalidade, torce para que a amiga vença a disputa pelo macho. Rola uma pressão interna [ego] e externa [sociedade] para não sair por baixo das situações”, acredita.

* Todos os nomes foram trocados a pedido das entrevistadas