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Estudo: contato "pele a pele" com bebê prematuro muda o futuro da criança

Contato prolongado entre a pele da mãe e do bebê é considerado método eficaz para recuperação de prematuros - Getty Images
Contato prolongado entre a pele da mãe e do bebê é considerado método eficaz para recuperação de prematuros Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

16/12/2016 14h36

Um estudo divulgado nesta semana pela revista científica "Pediatrics" indica que bebês prematuros se beneficiam do contato físico com seus pais décadas depois do nascimento.

De acordo com a pesquisa, conduzida por médicos colombianos e canadenses, bebês prematuros que tiveram contato pele a pele após o parto --o chamado Método Canguru-- tiveram menos problemas de comportamento e menos alterações nas partes do cérebro ligadas ao aprendizado, mesmo depois de vinte anos.

Os médicos responsáveis analisaram um grupo de 264 jovens nascidos na Colômbia nos anos 1990 --todos ou prematuros (nascidos antes de 37 semanas) ou com peso abaixo do ideal ao nascer. Comparados com pessoas que foram deixadas somente em incubadoras, os "bebês canguru" foram considerados adultos menos impulsivos e hiperativos, além de terem mais volume em uma parte do cérebro chamada núcleo caudado, que auxilia a memória.

Criado no fim dos anos 1970 pelo colombiano Edgar Rey Sanabria, o Método Canguru busca incentivar o contato direto do bebê prematuro com a mãe ou o pai imediatamente após o nascimento, assim como durante a amamentação. A técnica, também chamada de Pele a Pele, é considerada uma maneira simples e efetiva para reduzir a mortalidade infantil com baixa intervenção e custo.