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Mulher descobre gravidez na hora do parto; veja mais histórias

Priscielle Nathalie de Souza com a filha, Alice - Arquivo Pessoal
Priscielle Nathalie de Souza com a filha, Alice Imagem: Arquivo Pessoal

Do UOL, em São Paulo

26/08/2016 07h05

Se para algumas mulheres a gestação é planejada passo a passo, para outras, a revelação de estar esperando um filho pode ser uma surpresa e tanto. Conheça histórias de quem descobriu a gravidez em estágio avançado.

Priscielle Nathalie de Souza, 24, mãe de Alice, 1

"No dia 27 de março de 2015, precisei faltar no trabalho, porque sentia uma dor muito forte nas costas, na região lombar. Fui ao médico, fiz exame de sangue e de urina e tomei remédio na veia, para amenizar a sensação. No dia seguinte, como estava melhor, fui trabalhar, mas, no domingo à noite, a dor voltou com tudo e eu já não conseguia mais andar. Estava na casa do pai da minha filha, que chamou uma ambulância, mas o resgate demorou muito para vir e acabamos indo de táxi para o hospital. Fui colocada no soro logo que cheguei e uma médica me deitou na maca para me examinar. Ao descobrir que eu sangrava, ela tirou a minha roupa e viu a cabeça da minha filha saindo. A dor que sentia era das contrações. Fui levada rapidamente para a sala de parto e minha filha nasceu de parto normal, em 30 de março. Os médicos disseram que ela se formou por trás dos meus órgãos e por isso minha barriga não cresceu. A única coisa que mudou em meu corpo foi meu quadril, que ficou mais largo. Como menstruava normalmente, não desconfiei da gravidez."
 

Talita Caitano da Silva, 23, mãe de Victor Augusto, 2 meses

"Cheguei ao pronto-socorro com dores nos rins e descobri que estava grávida de 33 semanas. Fiquei em choque, sem reação. Na verdade, só pensava em como contaria para a minha família, mas não deu nem tempo de pensar muito. Contei a eles no mesmo dia e, na tarde seguinte, fui internada, com três dedos de dilatação. Infelizmente, meu filho nasceu prematuro e teve duas paradas cardíacas, precisou ir direto para a UTI. Foram  mais de dois meses internado. Nesse período, só fui para casa duas vezes. Passava o dia inteiro com ele. Nunca desconfiei da gravidez porque tinha sangramento e achava que era menstruação. Também tomava anticoncepcional, embora não muito certo. Esquecia e, quando lembrava, tomava dois comprimidos de uma vez. No susto, não consegui nem montar enxoval. Fui comprando os itens para ele conforme a necessidade. Só consegui comprar roupa quando ele saiu da UTI e foi para o quarto."

A artesã Gabrielle, 26, de Porto Alegre (RS) e seu bebê Miguel, 1 ano - Nede Losina/UOL - Nede Losina/UOL
A artesã Gabrielle Haigert Ogliari, 26, de Porto Alegre, descobriu a gravidez do filho Miguel na 26ª semana
Imagem: Nede Losina/UOL
Gabrielle Haigert Ogliari, 26, mãe de Miguel, 1

"Um dia, estava na sala de casa, após almoçar, e um cansaço me dominou. Deitei no sofá e senti um chute na minha barriga. Dei um pulo e falei para o meu marido: 'Estou grávida, amor!'. Fui ao médico e ele fez um ultrassom na hora. Então, ouvimos o coração do bebê. Eu já estava na 26ª semana de gestação. Meu primeiro filho estava com um ano e oito meses. Na época, estava em uma rotina intensa de malhação, por isso não tinha barriga. O que sentia eram os seios doloridos, mas achei que fosse efeito do anticoncepcional. Pessoas próximas a mim me julgaram bastante, porque eu ainda estava com um bebê em casa. Tive de correr para preparar um chá de bebê na última hora e para comprar o enxoval."
 

Kamila Gomes de Jesus, 20, mãe de Nicole, 1

"Fui ao ginecologista para saber qual anticoncepcional era mais apropriado para mim e ele me pediu um exame para medir os níveis hormonais. Foi quando descobri que estava grávida. O ultrassom que fiz em seguida revelou que já estava na 29ª semana. Quase tive um treco. Meses antes, tinha passado muito mal, vomitei sem parar por semanas. Na época, outro médico disse que era gastrite nervosa. Fiz o exame de gravidez de farmácia, mas deu negativo. Cheguei a emagrecer dez quilos, de tanto que vomitava. Por isso, também não percebi mudança corporal, porque minha roupa caía, em vez de ficar apertada. Consegui organizar um chá de bebê às pressas e também comprei um enxoval simples. Foi uma época de muito estresse, tanto que tive paralisia facial um dia antes do parto. Por sorte, tudo correu bem e meu bebê nasceu sadio, mesmo eu não tendo feito o pré-natal como deveria."

Natalia Adriele Capuzzo, 23, mãe de Anna Clara, 7

"Minha menstruação estava atrasada, o que me levou a buscar uma ginecologista. Ela me pediu alguns exames, mas os resultados não mostraram nada de anormal. Então, fiz um ultrassom e a médica disse que eu tinha um cisto no ovário. Comecei um tratamento com remédios fortes, que pareciam não fazer efeito, porque minha barriga crescia muito rápido. Estranhei, mas a especialista dizia que era consequência do próprio cisto. Tempos depois, achei melhor mudar de médico. Foi quando descobri que estava no sexto mês de gestação. Minha família não reagiu bem à notícia, e meu avô me expulsou de casa. Fui morar com a mãe do meu namorado, até conseguirmos pagar o aluguel de uma casa nossa."