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Meninas nascem com espinha dorsal mais fraca que meninos, diz estudo

Vértebras das meninas eram, em média, 10,6% menores que as dos meninos - Getty Images
Vértebras das meninas eram, em média, 10,6% menores que as dos meninos Imagem: Getty Images

Nicholas Bakalar

Do The New York Times

11/08/2015 13h03

Um novo estudo descobriu que as meninas tendem a nascer com espinhas dorsais menores e mais fracas que os meninos. A descoberta talvez tenha implicações daqui a alguns anos.

No artigo da edição de agosto do periódico "The Journal of Pediatrics", os pesquisadores estudaram imagens magnéticas que mediram tecido adiposo, músculos e ossos de 70 recém-nascidos cujo nascimento foi a termo, sendo que 35 eram meninas.

Os meninos tinham um pouco menos de tecido adiposo e um pouco mais de músculos que as meninas --diferença que não era significativa em termos estatísticos. Também não foram encontradas grandes diferenças nas medições de peso, comprimento, medida da circunferência da cabeça e da cintura e no comprimento da espinha dorsal.

Todavia, as vértebras das meninas eram, em média, 10,6% menores que as dos meninos, diferença que não dependia da idade gestacional, do peso ao nascer e do comprimento corporal. Os outros ossos do corpo não apresentaram diferenças.

Em geral, as mulheres estão até quatro vezes mais propensas a sofrer fraturas da coluna que os homens e a fragilidade está mais relacionada ao tamanho da vértebra que à densidade do osso.

Vicente Gilsanz, principal autor e radiologista do Hospital Infantil de Los Angeles, afirmou que uma coluna mais delgada e dobrável talvez traga vantagens e desvantagens. Ela fornece maior flexibilidade, permitindo um caminhar ereto durante a gestação, quando o peso do feto estira e arqueia a coluna. Todavia, essa característica também aumenta o risco de fraturas de vértebras com o avanço da idade.