Cientistas descobrem vacina que reduz risco de câncer infantil

As crianças pequenas geralmente são vacinadas contra a Haemophilus influenza tipo B, ou HiB, bactéria que pode causar meningite e outros problemas graves. Esta vacina, que é oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde), fornece também outro benefício: reduz o risco de desenvolver leucemia linfoblástica aguda (LLA), forma mais comum de câncer infantil. Depois de várias pesquisas, os cientistas agora descobriram a razão dessa proteção.
Markus Mueschen, principal autor de um estudo recente, publicado no periódico "Nature Immunology", explicou que o sistema imunológico das crianças é mais ligeiro que o dos adultos. Embora haja exceções, a resposta imunológica ao combate à bactéria, sem causar a doença na forma grave, geralmente é satisfatória quando a criança é vacinada no início da vida, na fase pré-escolar.
Com experiências em ratos de laboratório, Mueschen e seus colegas descobriram que, em alguns casos, a infecção pela bactéria HiB inicia uma reação imunológica potente que ativa duas enzimas. Essas enzimas podem gerar mutações em certos tipos de células sanguíneas, fazendo com que se tornem malignas.
Quando isso acontece, a criança fica mais propensa a desenvolver leucemia na idade de 5 a 7 anos. Por isso, ao proteger de uma doença a vacina também acaba prevenindo a outra.
Mueschen, que é professor de Medicina da Universidade da Califórnia em São Francisco, afirmou que o efeito da vacina foi uma redução de 20% no risco de leucemia. "Isso pode parecer pouco, mas o número é bastante significativo quando se trata de populações grandes. Seja o que for que ativa o sistema imunológico no início da vida, há uma redução no risco de LLA".
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