Guia erótico quer levar evangélicos às sex shops

A fim de criar uma ponte entre o universo erótico e o evangélico, a Abeme (Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual) lançou nesta sexta-feira (6) o livro "Guia Gospel para Sexshops".
A obra, apresentada no dia de abertura da 22ª edição da Erótika Fair, em São Paulo, tem autoria de cinco pessoas envolvidas com o mercado adulto, três delas evangélicas. Segundo Paula Aguiar, presidente da Abeme e uma das responsáveis pela criação do guia, os objetivos principais são apresentar aos evangélicos os prazeres proporcionados pelos acessórios e cosméticos sensuais e ensinar aos empresários do setor como seduzir esse público sem ofender as doutrinas que eles seguem.
"A ideia é que quem trabalha com isso saiba quais são as necessidades e preferências do público gospel. Entender que existem crenças que não podem ser quebradas. Por exemplo, explicamos que fiéis de algumas religiões evangélicas não usam lingerie vermelha, porque entendem que a cor tem ligação com o mal. A partir disso, sabe-se que não é bom oferecer esse tipo de produto", afirma.
De acordo o casal de empresários João e Lídia Ribeiro, co-autores do livro e evangélicos, a principal intenção do trabalho é levar produtos eróticos para os companheiros de fé é diminuir o número de divórcios.
"Perdi muitos amigos com problemas de relacionamento e sexuais. Quando começamos, há três anos, foi com esse intuito, de ajudar os casais a se descobrirem e serem mais companheiros um do outro. O sexo é troca e também faz o amor permanecer. Hoje, 60% do nosso público é evangélico e espero que isso cresça", diz João, que tem com a mulher duas sex shops na região da Grande São Paulo, em Jandira e Itapevi.
Produtos especiais
O "Guia Gospel para Sexshops" apresenta também depoimentos de profissionais do setor que falam sobre como é lidar com esses clientes. E, para aproximar ainda mais os universos evangélico e erótico, a Intt Cosméticos está disponibilizando no mercado uma linha especial para o público religioso. Por enquanto, apenas quatro produtos foram lançados, mas, de acordo com Alessandra Seitz, diretora da marca, mais 16 estão a caminho.
"Quando elaboramos a linha, pensamos em fazer algo que deixasse as pessoas mais à vontade em ter um produto sensual na bolsa. As embalagens não têm tantos desenhos, são brancas e os nomes são mais sutis. Os sabores e aromas também são mais suaves. Em uma linha comum, colocamos pimenta e vinho tinto, no gospel, optamos por melão e canela", declara.
O empresário João Ribeiro espera que a ideia da Intt sirva de inspiração para outras marcas buscarem novos caminhos e, assim, ganhar a confiança dos evangélicos. "Os produtos são sensacionais e, por terem a aparência tão discreta, proporcionam essa sensação de descobrir algo novo e prazeroso sem constranger".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.