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Fãs de "50 Tons" enlouquecem até com Sr. Grey do Clube das Mulheres

Thais Carvalho Diniz

Do UOL, em São Paulo

05/02/2015 02h28

O filme "Cinquenta Tons de Cinza" será lançado no dia 12 de fevereiro no Brasil. Mas se as fãs da trilogia, que conta o romance da virgem de 21 anos Anastasia Steele e do empresário sadomasoquista Christian Grey, não conseguirem esperar a estreia, é possível ficar mais perto do personagem principal de uma forma diferente.

No Clube das Mulheres, toda semana, o "Sr. Grey brasileiro" se apresenta por cerca de 45 minutos. Nesta quarta-feira (4), o UOL Comportamento acompanhou uma performance especial, com direto a jantar para o público feminino, que foi à loucura.

O ex-educador físico por formação Bruno Camargo, de 27 anos, que agora é dançarino, incorpora o personagem criado pela autora inglesa E L James. Ele mostra no palco alguns dos jogos e brinquedos (como algemas, velas, correntes e chicotes) que aparecem no livro e enlouquece as frequentadoras da casa noturna.

"Não conhecia muito sobre as práticas sadomasoquistas, mas tive que fazê-las para entender como, por traz das supostas agressões, existe esse tesão absurdo. Não sou 100% 'sado', mas acho que é uma sensação tão diferente, que todos deveriam experimentar pelo menos uma vez ou outra na relação", conta ele, que é casado há um ano e meio.

O "Sr. Grey brasileiro" diz que, assim como as mulheres que o procuram, está ansioso pelo filme e pela repercussão que o longa-metragem trará para a sua performance como o personagem, no qual já trabalha há dois anos.

"Recebi críticas daquelas que já tinham lido a trilogia e imaginavam o cara negro, por exemplo. Eu não tenho nada a ver com o que elas esperavam. Por outro lado, fazer o personagem aumentou minha agenda com despedidas de solteira e o show está sempre cheio", diz.

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Para a fã de "Cinquenta Tons de Cinza" Daniela Meneses, de 23 anos, Bruno é exatamente o que ela sonhou ao ler a obra. "O jeito que ele anda no palco, como olha nos olhos das mulheres e, principalmente, a pegada forte lembram tudo que está nos livros. Só acho o show um pouco curto, ele poderia ficar muito mais no palco", fala.

Já para uma frequentadora assídua do Clube das Mulheres, Elizabeth Caristo, de 50 anos, que é presença quase fixa na casa há 21 anos, a apresentação com a imitação do personagem do best-seller a fez se interessar (e muito) pela história. E assistir ao filme será a oportunidade de avaliar a performance do dançarino mais a fundo.

"Nunca li e só conheço coisas que saíram na internet pelo sucesso da trama, mas o Bruno retrata tão bem o pouco que eu sei que estou louca para ver no cinema. Ele dá muito tesão em todas que passam por aqui. Acredito que o sadomasoquismo é uma fantasia geral, mas enrustida", fala.

Ao final do show, o dançarino ficou disponível para algumas poucas perguntas da plateia. Ao responder se sente tesão quando está lá com todas as mulheres que passam pelo palco com ele disse:  "Não, não sinto. É apenas meu trabalho. Tento sempre trazer coisas diferentes para vocês, melhorar o que eu faço para rever vocês aqui, mas é só trabalho".  

Pode até ser que ele não sinta nada, mas não dá para dizer que o esforço não satisfez as fãs que suspiraram, foram ao delírio e ainda tietaram com muitos pedidos de fotos e autógrafos após apresentação.