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Neymar e Bruna: os desafios de namorar quem tem fama de pegador

11.mar.2013 - Bruna Marquezine e Neymar na festa a fantasia do cantor Thiaguinho, em São Paulo - Manuela Scarpa / Foto Rio News
11.mar.2013 - Bruna Marquezine e Neymar na festa a fantasia do cantor Thiaguinho, em São Paulo Imagem: Manuela Scarpa / Foto Rio News

Heloísa Noronha

Do UOL, em São Paulo

19/03/2013 07h07


O jogador de futebol Neymar, 21 anos, e a atriz Bruna Marquezine, 17, decidiram assumir publicamente o romance. Jovens e a apaixonados, os dois vêm constantemente postando nas redes sociais imagens de seu amor.

O namoro entre um dos mais famosos craques do mundo com uma bela atriz global em ascensão teria tudo para ser considerado um conto de fadas moderno se não fosse um entrave de conhecimento público: a fama de "pegador" do moço, que mais de uma vez foi visto cercado de mulheres em baladas e até festinhas em seu iate. 

A fama do casal produz todo o tipo de fofoca. Basta um dos dois surgir em uma festa sem o outro para que as especulações comecem. É claro que tudo que acontece no universo das celebridades em geral é visto com uma lente de aumento, mas no mundo das pessoas comuns não são poucas as pessoas que enfrentam os mesmos desafios de Bruna.

Para começar, quem se dispõe a namorar alguém que coleciona conquistas tem de lidar com o medo constante de ser traído. "E esse receio se justifica, já que os 'pegadores' costumam repetir padrões", diz a psiquiatra Taty Ades. Segundo ela, a reincidência ocorre por uma questão de autoafirmação, no caso dos homens, e de carência afetiva, no das mulheres. "Não existe um problema com o outro nem falta algo à relação. Há, sim, a necessidade de 'caçar' para alimentar o próprio ego ou se sentir reconhecido", afirma ela.
 
A melhor maneira de lidar com esse tipo de apreensão é ter uma boa autoestima e dar um voto de confiança ao parceiro. Procurar saber detalhes sobre o passado dele para tentar decifrar o presente ou tentar adivinhar o futuro não ajuda em nada (e desvia atenção das coisas bacanas do relacionamento).


"Na era das redes sociais, certas informações podem gerar insegurança. Se há algum tipo de dúvida ou curiosidade, o melhor é perguntar ao outro o que de fato quer saber e ter maturidade para lidar com a resposta. Afinal, ninguém cresceu em uma bolha, todos nós temos passado e ele faz parte de quem somos hoje", afirma a psicóloga Marjorie Vicente, especializada em psicologia da imagem. 
 
Uma atitude que ajuda bastante a encarar numa boa o namoro com alguém que tem a fama de 'pegador' (independentemente do gênero) é não alimentar ilusões. "É comum e perfeitamente humano acreditar, ainda que de forma inconsciente, que o amor que sentimos é capaz de mudar o outro. Não é. A transformação só surge se o outro estiver disposto, o que não depende da vontade ou dos esforços alheios", declara a psicóloga Lizandra Arita. 
 
As especialistas dizem que um dos fatores que podem fazer com que o namoro avance ou não é o modo de enfrentar as opiniões alheias –sempre há de aparecer alguém para avisar, nem sempre com boas intenções, sobre possíveis perigos. Segundo Marjorie Vicente, quando a pessoa tem certeza de sua escolha, os palpites podem até ampliar a análise ou deixá-la em alerta, mas não interferem no relacionamento.

"O problema é quando escolhemos sem segurança e tentamos convencer o mundo de que estamos certos. Nos tornamos extremamente vulneráveis à aprovação alheia exatamente por não encontrar firmeza dentro de nós mesmos", fala Marjorie Vicente.
 
No caso de romances públicos, como o de Bruna e Neymar, as proporções das fofocas nem sempre são administráveis. Mas a receita para combatê-las é a mesma para casais famosos e anônimos: ignorá-las. Tentar desmenti-las costuma provocar justamente o efeito contrário do desejado: quem vê de fora pode achar que o esforço para provar o contrário significa que ali tem coisa", diz a psiquiatra Taty Ades.