Daminhas e pajens rendem momentos lindos à cerimônia; saiba como incluí-los no casamento
É difícil não se encantar com a entrada de daminhas e pajens na cerimônia de casamento. Além de levar as alianças ao altar, as daminhas e pajens podem jogar pétalas de flores no tapete, segurar o buquê da noiva durante a cerimônia e ainda proporcionam lindas fotos.
No entanto, durante a organização do evento, algumas dúvidas sobre a presença deles podem surgir. Qual criança escolher? E se não tiver pequenos na família? Qual é a idade mais adequada? Quem banca as despesas com aluguel ou compra do traje? Para esclarecer essas e outras questões, o UOL Casamento consultou especialistas da área, que listam as principais questões que surgem ao escolher essa duplinha que rende momentos tão especiais ao casamento.
Perfil da criança
Criança escolhida deve ter um significado importante para os noivos
A maioria dos noivos escolhe sobrinhas, priminhas, afilhadas, irmã ou irmão caçulas ou até as próprias filhas. “O importante é ter um vínculo forte e afinidade com a criança. Isso também é bom para o pequeno não estranhar a situação e dar marcha à ré em frente aos convidados”, explica a assessora de casamentos Daniela Macek. Uma boa dica é escolher crianças desinibidas e mais crescidinhas.
Quanto ao número ideal, não há regras, mas antes de decidir, avalie o espaço da igreja e o orçamento do casamento, caso arque com as despesas do traje. Para a criança ficar mais à vontade, é prudente fazer um ensaio, mas a ideia é ser um momento gracioso e espontâneo do próprio pequeno. Caso não haja opções na família ou entre os amigos, uma alternativa para quem faz questão da presença das crianças é a entrada de músicos mirins, como violinistas. Isso pode ser acertado com o próprio coral da igreja.
Faixa etária
Para não ter grandes imprevistos, o ideal é escolher daminhas e pajens entre cinco e 12 anos. “O risco da criança não entrar, desistir no meio do caminho ou chorar é maior com os pequeninos menores de quatro anos, que ficam tímidos e assustados com tanta gente de olho neles”, avisa a wedding planner, Camila Relva, proprietária da Compagnie, assessoria de eventos.
Você sabia?
O cortejo de damas e pajens em casamentos teve origem na Idade Média, quando as crianças vestiam suas melhores roupas para esperar a chegada da noiva na entrada da vila. Ao avistarem a carroça, colhiam flores, avisavam aos moradores sobre o início da cerimônia e corriam para a igreja. Na época, era costume crianças e convidados levarem os noivos ao altar.
"Casar - do Planejamento à Celebracao em Grande Estilo", livro de Vera Simão, presidente da ABRAFESTASe os noivos fazem questão de uma criança entre dois e quatro anos, a dica é colocar os pais sentados na primeira fila para que eles chamem os filhos discretamente ou entrem juntos. Dessa forma, eles ficam mais seguros no caminho e na hora de permanecer no altar, já que se sentem mais confiantes quando estão perto dos pais. Se mesmo assim “emperrarem”, forçar está fora de questão. A orientação é que a assessora de casamento ou alguém da família retire o pequeno e leve as alianças ao noivo.
No entanto, imprevistos, comuns quando se trata de crianças, também podem render momentos graciosos. Camila conta que, em uma das festas que organizou, uma daminha deixou cair a aliança no chão, no meio do caminho ao altar. “Por sorte, o anel não chegou a rolar entre os convidados, se não viraria uma caça à aliança”, lembra a assessora. Em outro casamento, um dos pajens foi parar dentro da saia rodada da noiva, causando gargalhada geral entre os convidados. Como os pequenos encantam a todos, até as atrapalhadas são perdoadas e tudo acaba em risos e momentos para ficar na memória.
Traje adequado
Independentemente do gosto pessoal de cada um, uma coisa é certa: mininoiva não cai bem em ocasião alguma. “Qualquer que seja o modelo do vestido, ele precisa ter cara de criança”, enfatiza a estilista Daniela Tonetti, proprietária da D.Tonetti, loja paulistana especializada em vestidos de damas.
Na hora de escolher o traje dos pequenos, é preciso priorizar o conforto das crianças. Na foto acima, look da loja D. Tonetti
Outro detalhe importante é o conforto. Tecidos sem qualidade e que pinicam tiram o humor de qualquer um, imagine o de uma criança. Priorize os tecidos e forros 100% de algodão. E preocupe-se em adaptar a roupa à estação do ano.
No verão, é comum usar tecidos leves como algodão, piquê, cambraia e cetim. No inverno, o veludo cai muito bem e, se pecisar, aposte em um cardigã por cima.
Segundo Daniela, os preferidos são os de estilo princesa com saia rodada e saiote por baixo. Já as maiorzinhas, acima de 11 anos, viram a cara por achar muito infantil.
Para elas, a saia deve ser mais reta, no estilo godê. A faixa pode combinar com o estilo da cor da decoração ou com um detalhe, como a renda, do vestido da noiva. No entanto, isso não é uma regra.
Já os pajens têm a opção de usar terninho, meio fraque, dinner ou até smoking. Os sapatos, normalmente de verniz preto, também podem ser substituídos por tênis, que dão um toque mais descontraído ao look.
Quem paga as despesas?
Neste quesito, os especialistas são unânimes em dizer que não há regras. Tudo vai depender da situação financeira dos noivos e do relacionamento deles com os pais das damas e pajens. Quando a cerimônia é grandiosa e a roupa é encomendada, os noivos costumam bancar os custos. No caso de um orçamento mais enxuto, muitos pais compram ou alugam a roupa dos filhos até como uma forma de retribuir o convite carinhoso.
Neste caso, a noiva deve indicar o estilo e o local para aluguel ou compra da roupa. Para os acessórios, é de bom tom que os noivos arquem com as despesas do buquê, da almofadinha ou da cestinha, por exemplo. Entre as opções mais usadas, estão buquê com flores pequenas, buquê de pirulitos, ursinho de pelúcia ou até boneca de pano.
Daminhas crescidas
Nos Estados Unidos e Europa, é muito comum convidar adultos para a função de daminhas e pajens. “No Brasil, não é tão comum, mas existem noivas que chamam uma amiga ou amigo querido, os avós e até um casal que serviu de cupido aos noivos. Muita gente também chama aquela amiga que deveria ser madrinha, mas não tem ninguém para acompanhá-la ao altar, por exemplo. É uma forma carinhosa de homenagear os escolhidos”, diz Carla Fiani, proprietária da Wedding & Co., consultoria de eventos. Opções não vão faltar.
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