Pequenas, mas perigosas: como eliminar as pulgas do ambiente doméstico
Quem tem animal em casa sabe: os cuidados com a higiene do pet e do ambiente devem levar em conta o surgimento de uma ameaça tão comum e antiga quanto o próprio homem: as famigeradas pulgas. Esses minúsculos insetos pertencem à ordem Siphonaptera, que engloba diversos gêneros (existem cerca de 1.900 espécies conhecidas de pulgas no mundo) e parasitam as mais diversas classes de animais, como mamíferos, aves etc..
As pulgas mais comuns no ambiente urbano são as dos gatos (Ctenocephalides felis), que também podem infestar cães; as dos cachorros (Ctenocephalis canis) que também podem infestar felinos; e a Pulex irritans - o nome já diz tudo - que tem como hospedeiro preferencial os humanos. Todas podem transmitir doenças sejam leves como reações alérgicas ou graves como a peste bubônica (vetorizada pela espécie Xenopsylla cheopis que parasita roedores).
De acordo com o farmacêutico bioquímico especialista em entomologia urbana e ex-chefe do serviço de desinfestação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Eduardo Joseph Sayegh, as pulgas desenvolvem-se por meio de metamorfose completa, que compreende ovo, larva, pupa e inseto adulto e, por isso, dispõem de vantagens evolutivas que as tornam difíceis de combater. Uma delas é o desenvolvimento condicionado à oferta de alimento, o que lhes confere grande competitividade biológica. “São insetos com muitas ferramentas que permitem a sobrevivência em épocas hostis até que suja um hospedeiro em potencial”, explica Sayegh.
E é ai que mora o perigo: quando se pensa que as pulgas do animal acabaram, ocorre um novo surto. “O controle dos focos é bem complexo e requer uma abordagem coordenada”, recomenda Rosangela Ribeiro, gerente de programas veterinários da WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal. De acordo com Ribeiro, quando ocorre uma infestação por pulgas, somente 5% dos insetos se encontra no animal, os outros 95% ainda estão na forma de larva, pupa ou ovo no ambiente, onde podem permanecer por meses. “Tentar controlar a praga somente com o uso de antipulgas não é a melhor estratégia”, completa.
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