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Conheça os reais benefícios das bases que prometem tratar a pele

A escolha da base correta pode ser uma aliada na busca pela pele perfeita - Thinkstock
A escolha da base correta pode ser uma aliada na busca pela pele perfeita Imagem: Thinkstock

Isabela Leal

DO UOL, em São Paulo

23/04/2012 08h30

É inquestionável a eficácia da maioria das bases disponíveis no mercado. Cobertura perfeita, textura levíssima, fixação duradoura, partículas refletoras de luz estão entre alguns dos efeitos obtidos por esses produtos. Mas será que quando o assunto é tratar a pele, promovendo benefícios de hidratar, neutralizar radicais livres, nutrir e prevenir o envelhecimento precoce, a eficiência das bases é proporcional? A resposta é sim. “É possível ter ativos eficazes em uma base", afirma o químico Antônio Celso da Silva, vice-presidente técnico da Associação Brasileira de Cosmetologia.

A dermatologista Valéria Goulart, diretora da Associação Brasileira Antienvelhecimento, conta que a maioria das mulheres usa base e passa a maior parte do dia com o produto no rosto. Assim, a indústria cosmética percebeu que havia uma necessidade de incrementar o produto e passou a investir em tecnologia e em ativos eficazes para agregar efetivamente benefícios de tratamento à base, que antes tinha apenas a proposta de maquiar.

Para o maquiador Wilson Eliodoro, de São Paulo, uma dica que não costuma falhar para escolher uma base que trata é a expertise da marca em cosméticos de tratamento. “Se a mulher desejar uma base que proteja e trate a pele, e não se limite aos benefícios estéticos, deve procurar uma marca que tenha tradição em produtos para tratamento, e não atue apenas no segmento de maquiagem”, aconselha.


Eficácia dos ativos
Essa é uma questão que, unindo pesquisa científica e tecnologia, está praticamente resolvida na formulação de boas bases, que hoje, mais do que nunca, são feitas com matérias-primas de qualidade e um processo de fabricação rigoroso. Antônio Celso da Silva diz que numa base é possível reunir antioxidantes, hidrantes, fator de proteção solar e os nobres ativos antiidade. "Ao formular uma base, o químico sabe quais as incompatibilidades que existem entre as diversas matérias primas e também quais delas vão ou não permanecer intactas”, explica. O químico ressalta que mais importante do que qualquer ativo é a forma ter FPS para prevenir os muitos danos causados pelo sol, como o envelhecimento precoce. Segundo Silva, se o FPS da base for proporcional ao tom da pele (ou seja, as mais claras com fatores mais altos) a aplicação do filtro solar pode ser dispensada. Mas é bom lembrar que essas bases são mais caras e, por conter mais matérias-primas e o próprio filtro solar, aumentam o risco de sensibilidade ou reações alérgicas. De acordo com a dermatologista americana Zoe Draelos, que defende a tese de que o envelhecimento é uma doença que pode ser tratada, o protetor solar já é considerado um produto antiidade. “Nos Estados Unidos a informação do efeito ‘antiaging’ já pode estar na embalagem dos filtros solares”, diz a médica.

Uma boa base substitui o creme?
Não, por melhor que ela seja. “Aposentar o creme é praticamente impossível, por conta da variedade e concentração de princípios ativos que eles têm e que, geralmente, as bases não têm”, justifica a médica Valéria Goulart. O químico Antônio Celso concorda com a médica e acrescenta que a função principal da base é colorir a pele. "Os demais benefícios podem existir e existem, mas são coadjuvantes”, completa. Segundo ele, as bases com esses efeitos de tratamento são classificadas pela Anvisa como "grau de risco 2", ou seja, demandam os testes de comprovação de FPS, eficácia, segurança, estabilidade da formulação frente a diferentes temperaturas, entre outros aspectos. "Essa é a regra do jogo e a bíblia para as empresas sérias; obviamente, tem de ser o básico para uma marca conhecida”.