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Descubra qual é a melhor escova para o seu tipo de cabelo

No mercado há inúmeros modelos de escovas; você sabe como escolher o tipo ideal para seus fios? - Julia Guglielmetti/UOL
No mercado há inúmeros modelos de escovas; você sabe como escolher o tipo ideal para seus fios? Imagem: Julia Guglielmetti/UOL

Isabela Leal

Do UOL, em São Paulo

03/02/2012 07h00

Redonda, reta, raquete, fininha, de madeira, de plástico e até revestida de teflon. São muitos os materiais e tipos de escovas. O acessório tem múltiplas finalidades e serve para alisar, fazer cachos, ondular, produzir e finalizar um penteado, ou simplesmente desembaraçar – sua função primária e essencial. Os resultados, bons ou ruins, vão depender da utilização dos tipos adequados para o estilo e necessidade do fio.


“Os cabelos enrolados e ondulados devem ser escovados sempre úmidos, após o banho, com uma escova de cerdas largas, para soltar as ondas, ajudar a domar os fios rebeldes e também distribuir a oleosidade natural da raiz às pontas. Os muito crespos, afros e com cachos bem fechados, precisam ser desembaraçados no banho com um pente de dentes largos, nunca com escova, porque eles são muito finos e mais vulneráveis. E os lisos, basta que sejam desembaraçados rapidamente todos os dias, com uma escova raquete ou denman”, recomenda o cabeleireiro Júlio Crepaldi, do salão Galeria, em São Paulo. “As escovas com cerdas bem separadas agridem menos e, além de desembaraçar sem quebrar os fios, neutralizam a eletricidade estática, o que na prática significa fios menos arrepiados e elétricos”, completa Debora Melro, do Studio W (SP).
 
Além dos tipos de cerdas, a pressão que se coloca no ato de escovar também faz diferença. “Pressão intensa prejudica demais porque o cabelo tem escamas, e quando forçamos muito o fio, esse movimento pode ser equivalente ao efeito de uma lixa sobre a mecha do cabelo, o que danifica para valer”, alerta Crepaldi.

100 escovadas antes de dormir?

  • Getty Images/Thinkstock

    Médicos alertam: escovar os cabelos em excesso pode prejudicar os fios

Muito tempo atrás, talvez o equivalente a duas ou mais gerações, acreditava-se que escovar os cabelos em diversas direções, muitas vezes (principalmente antes de dormir), trazia benefícios para os cabelos. Puro engano. Se ficar sem escovar os fios pode transformá-los num verdadeiro ninho de pássaros, exagerar na escovação também não é recomendável. “As escovadas em excesso não são uma boa pedida. Por mais suaves que sejam, as escovas provocam atrito na cutícula do cabelo, podendo levar à descamação desta cutícula, o que danifica os fios”, afirma o tricologisa (especialista em cabelo e couro cabeludo) Ademir Júnior, presidente da Associação Internacional de Tricologia no Brasil.

Crepaldi concorda com o médico. “Escovar muitas vezes danifica os fios, provocando um desgastaste desnecessário. Mas utilizar a escova adequada para cada cabelo e não colocar muita pressão para neutralizar o atrito pode amenizar os danos”, pondera.

A escova ideal

Para ajudá-lo na difícil tarefa de investir no modelo certo para o seu caso, o cabeleireiro explica, a seguir, a finalidade de cada uma das versões mais utilizadas no dia a dia.
 

Raquete – Normalmente é grande e feita com cerdas separadas, ideal para desembaraçar os cabelos secos. Mas serve também para escovar os fios na hora do banho com o condicionador ou logo após o enxágue. É ideal para cabelos lisos e levemente ondulados, e para secar cabelos curtos e lisos fazendo movimentos de um lado para o outro, para deixar bem natural.
Redonda, com tubo 360º de cerdas “juntinhas” – É perfeita para alisar cabelos muito cacheados ou crespos; por ter as cerdas bem juntas, dá para colocar mais pressão na raiz e conseguir um acabamento melhor. Mas também serve para fazer cachos ou produzir volume na raiz dos cabelos curtos.
Redonda, com tubo 360º de cerdas “mais separadas” – Funciona bem para cabelos de média densidade, longos ou médios. Pode ser usada para alisar, fazer uma escova cacheada ou ondas mais suaves e dar brilho. Não é aconselhável para desembaraçar.
Retangular ou oval com cerdas separadas– esses tipos desembaraçam sem agredir os fios
Quadrada, retangular, oval ou estreita e fina com cerdas bem juntinhas – É ideal para finalizar penteados, principalmente nos cabelos presos, domando os fios rebeldes e mechas que insistem em “sair da linha”.
Redonda, retangular ou fina com cerdas mistas (natural e náilon) – As cerdas naturais geralmente são feitas com pêlo de javali ou crina de cavalo, e as sintéticas, de náilon. Essa escova é perfeita para alisar cabelos ondulados e crespos finos, pois desliza facilmente e ainda garante boa durabilidade à escova. Outra vantagem: por ter cerdas mistas não embaraça e nem puxa muito o cabelo no momento de esticar os fios para alisá-los.
Denman – O nome vem da famosa marca inglesa de escovas e acessórios, a Denman. O modelo clássico da marca acabou batizando o tipo no mundo inteiro: normalmente retangular, as cerdas são pinos de náilon “fundidos” (não têm aquele buraquinho da base da cerda, onde o cabelo enrosca), fixados em uma almofada de borracha, que permite total aderência dos fios à escova e um eficaz efeito anti-estática (que não deixa fios arrepiados). Esta escova dá um resultado muito bom de alisamento, por isso é perfeita para cabelos lisos e finos. E mais: permite certa pressão, sem agredir os fios e o couro cabeludo.
Escova térmica – Normalmente é circular, com um tubo que pode ser de cerâmica, metal ou teflonado (materiais que retêm calor). É a mais usada hoje quando se utiliza secador, porque ajuda a manter o calor, reduzindo o tempo de secagem, e dispensa o excesso de ar quente sobre a mecha, o que permite que o movimento de girar a escova para alisar seja menos traumático para o fio, já que o calor que ela retém no tubo evita o excesso de queimaduras no fio.