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Maçãs firmes e com ar de saúde: com o blush certo é possível, mesmo depois dos 50

ISABELA LEAL

Colaboração para o UOL

06/06/2011 07h00

O blush é essencial para os maquiadores, efeito fundamental nos makes de passarela, mas por outro lado, apesar de toda a badalação em torno desse item de maquiagem, ele ainda não é tão usado entre as mulheres. Se para as meninas de pouca idade esse cosmético ainda traz dúvidas em relação à cor mais adequada e à maneira de aplicar, assim como a área mais indicada, imagine para as mulheres maduras que usaram muito pouco esse recurso de maquiagem na sua juventude, já que fazem parte de uma geração que renegava o “rouge” de suas mães, no centro da bochecha.

E quando não é por esse motivo é por outro: na década de 80 – quando as mulheres de 50 anos hoje tinham 20 – era comum aplicar o blush na lateral do rosto, mas atualmente esse efeito está completamente fora de moda. “Esse é o maior erro que as mulheres cometem, inclusive as mais novas: bochecha que começa na lateral, com o blush indo em direção à têmpora. Esse efeito dá um astral de anos 80, de maquiagem antiga, o que envelhece ainda mais quem já passou dos 45. O truque é aplicar na região em que as maçãs se projetam, basta dar um sorriso diante do espelho e, na área em que as bochechas ficam mais evidentes, aplicar o produto de maneira bem suave”, ensina o make up artist parceiro da marca americana Mary Kay no Brasil, Wilson Eliodorio, de São Paulo. “Aliás, muito cuidado com a quantidade, é bem suave mesmo porque blush marcado deixa o make pesado e deselegante”, alerta o maquiador.

Para conseguir essa leveza – além de ir aplicando aos poucos e suavemente, e sempre que passar uma camada de produto se distanciar do espelho para ver o efeito – uma dica infalível é usar o pincel correto. “Para aplicar as versões compacta e em pó, é melhor usar o pincel próprio para blush, redondo, macio e cheio, com volume de cerdas, que permite que o produto espalhe bem e assim garante uma tonalidade uniforme ao rosto e às bochechas, sem marcar”, recomenda Wilson. “Já a versão cremosa deve ser aplicada com um pincel de base, reto, chato e com a ponta arredondada. Quem preferir pode usar a ponta dos dedos, que também favorece maior domínio da quantidade”, complementa o expert.

A cor certa

O tom correto do blush, para o tipo e cor de pele, é outro drama que surge na hora do make. A seguir o maquiador Wilson Eliodorio dá o caminho das pedras para deixar os equívocos bem longe. Lembrando que as versões em pó produzem uma textura mais seca na pele e os cremosos dão um efeito mais sedoso, brilhante.

Rosado: compreende as nuances de pêssego e coral, cores que evidenciam os contrastes do rosto e das cores utilizadas na maquiagem (base, sombra e batom), destacando assim o tom natural da pele e a cor dos olhos e dos lábios.

Alaranjado: segue a gama dos terrosos, cobre e marrom, que acompanham as variantes da pele. Dá um efeito bem sutil, mas faz toda a diferença.

Bronzant: são aqueles cor de bronze, alguns levemente dourados, que produzem efeito de bronzeado natural. Por isso é mais adequado para o verão, como o nome sugere “imitam o efeito do sol sobre a pele”.

Textura da pele

Além do efeito opaco ou sedoso, proveniente do blush em pó, compacto ou cremoso, as diferentes versões do cosmético têm o poder de produzir outros detalhes visuais importantes. “Em peles com relevo, causado por cicatriz de cravos, espinhas ou poros abertos, o blush cremoso aparece muito intenso, como ele “anula” a base é inevitável esse aspecto. Uma maneira de driblar o impasse é utilizar um primer antes do make e uma base com cobertura mate”, ensina o maquiador. “Já em peles mais lisas, como a da Fernanda, qualquer textura de cor e consistência cai bem”, ressalta, se referindo à modelo do passo a passo desta reportagem.

Vida real

  • No antes e depois é possível ver como o blush aplicado corretamente e de forma sutil valoriza as maçãs do rosto da arquiteta Fernanda Feltrini

Como a maioria das mulheres de sua idade, a arquiteta Fernanda Feltrini, de 52 anos, de São Paulo, se incomoda com o vinco nasogeniano (que vai da narina ao canto externo da boca). “Disfarçar esse sinal tão evidente é importante para a minha idade, mas nunca sei como e o que fazer”, admite. “Costumo utilizar três tons de base, mas pode ser dois. Aplico o mais escuro do canto da orelha à linha da boca, de maneira que ele se torne menos intenso à medida que se aproxima dos lábios. E ao se misturar com o iluminador aplicado no centro do rosto fica mais sutil ainda. O blush é aplicado nesse limite, entre os dois tons. Assim, as maçãs parecem mais firmes e o vinco bem mais suave”, ensina o maquiador. “O preparo da pele também é importante. Para a Fernanda que é morena com pele clara, fica melhor tons claros, suaves. Os terrosos não favorecem”, complementa Wilson, dando uma última dica: “para cobrir as manchinhas de gravidez, um pouco mais escuras, um pó iluminador é perfeito, desde que tenha um tom natural, semelhante à cor da pele. Para descobrir esse tom correto basta aplicar o produto no pescoço, na região embaixo do queixo, que não toma sol de jeito nenhum. A cor que for mais próxima é a indicada”, revela Wilson Eliodorio.