Grifes apresentam moda verde em salão de negócios do Fashion Rio
No Rio-à-Porter, o salão de negócios do Fashion Rio, algumas marcas investem em linhas de produtos reciclados, reutilizados e até biodegradáveis, pautadas pelo conceito de moda verde.
É o caso da marca mineira Raiz da Terra Green Co., que utiliza tecidos 100% naturais (orgânicos ou reciclados) como o algodão, o linho, o cânhamo, o bambu e o algodão reciclado. A matéria-prima para os orgânicos foi cultivada sem agrotóxico ou inseticida. O poliéster de PET é reciclado e usado na linha de calçados, mas também na confecção de shorts e saias. No tingimento, a marca utiliza tinturas naturais de minerais, raízes e folhas.
Cassius Pereira, diretor da Green Co. explica que moda verde significa ser economicamente viável, socialmente responsável e ecologicamente correta. “Em todo o nosso processo produtivo, utilizamos ferramentas de gestão ambiental com uma produção mais limpa, de ecoeficiência dentro e fora da empresa”, disse ele, que incluiu entre os cuidados adotados o uso racional e tratamento da água, redução de CO2 e veículos com combustível a biodiesel. Pereira entatiza que a sustentabilidade tem de estar presente em toda a cadeia, não só no produto final.
A Natural Cotton Color, da Paraíba, resolveu lançar na sua coleção de verão 2012 detalhes em seda pura tecida artesanalmente. A grife já trabalha com produtos de moda feitos em algodão colorido naturalmente com sementes, em processo desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agrícola (EMBRAPA). Assim, não precisa de tingimento químico e economiza 70% da água que seria consumida no processo convencional de acabamento da malha ou algodão.
A marca investiu na mesma premissa para a seda, que é livre de processos artificiais de tingimento. A coloração, desenvolvida em parceria com a fabricante O Casulo Feliz, é feita por meio de técnicas naturais e aproveita pigmentos vegetais. “Fizemos uma estampa xadrez com duas cores de seda, tingidas com café e erva mate.”, afirma a estilista da marca, Francisca Vieira. Para completar a pegada de sustentabilidade, a seda é aproveitada de casulos impróprios para a indústria e reciclada de outros produtos dessa mesma matéria-prima.
O trabalho de artesãs também é o foco da marca Catarina Mina, que trabalha com o conceito de sustentabilidade por meio de parcerias com ONGs e cooperativas para a produção de bolsas e cintos finos
Já no polo de moda do Ceará, a marca Pimentá usa o conceito de reutilização dos seus materiais. “O pedaço de tecido que sobra, a gente transforma em bordado e em peças exclusivas. Com o que viraria lixo, a gente produz arte”, conta Priscila Ramos, uma das sócias.
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