"Revival" de modelos de décadas passadas questiona ditatura da juventude na moda
A ditadura do mundo da moda costuma estipular padrões de beleza restritos: mulheres magras, lindas e jovens, bem jovens. Recentemente, uma leva de modelos tem mostrado que, mesmo após os 30, 40 ou até 50 anos, ainda é possível manter-se no mercado de trabalho, tanto nas passarelas quanto nas campanhas e editoriais de moda.
Veteranas na Chanel
A grife francesa Chanel, comandada pelo estilista alemão Karl Lagerfeld, é um bom termômetro para as mudanças do mercado e importante lançadora de novas tendências. Em seu último desfile, o da coleção de balneário 2012, apresentado em Antibes na semana passada, a marca incluiu no casting veteranas da moda como Stella Tennant, 40, e Kristen McMenamy, 46. Kristen, aliás, esteve na capa das revistas “i-D” e “Vogue” Itália (a última em edição especial de moda praia) na edição deste mês (maio de 2011).
Na última temporada da semana de moda de Paris, a Chanel já havia valorizado as modelos mais velhas ao homenagear a francesa Inès de La Fressange, que, aos 53 anos, estrelou a apresentação da grife francesa. A modelo foi a musa de Lagerfeld e principal garota-propaganda da maison na década de 1980.
Supermodelos aos 40
Outras grifes influentes têm apostado na força (e beleza) dos grandes nomes da moda de décadas atrás. A Louis Vuitton, por exemplo, levou à passarela de sua coleção Inverno 2010 as tops Laetitia Casta, 33, e Elle Macpherson, 48. Já a campanha da mesma temporada contou com Karen Elson, 32, e Christy Turlington, 42, como representantes da mulher idealizada da Louis Vuitton.
Christy não é a única supermodelo – termo usado para se referir às grandes tops da década 1990 – que se manteve em alta no mercado. Cindy Crawford, 45, fotografou editorial em poses sensuais para a “Vogue” mexicana deste mês. Linda Evangelista, 46, e Tatjana Patitz, 45, mantiveram as carreiras aquecidas, mas em trabalhos menos expressivos.
Carreira perene
Os melhores exemplos de carreira longa e constante na moda são os das inglesas Naomi Campbell e Kate Moss. Naomi, aos 40 anos, parece não parar um minuto, seja em viagens a trabalho ou passeio, capas de revista, eventos concorridos e desfiles importantes. Sua conterrânea Kate Moss, 37, continua no ápice e conseguiu driblar até um grande escândalo com drogas em 2005, que lhe custou alguns contratos na época. Pouco tempo depois, porém, já havia conseguido recuperar seu posto em importantes campanhas.
Se é apenas um modismo passageiro ou uma nova fase a ser consagrada na moda mundial (já houve a época das modelos magérrimas, as "heroínas chiques", das saudáveis, as "supermodelos" da década de 1990 e das curvilíneas, com Gisele Bündche), só o futuro próximo dirá. Mas é fato que parece muito mais natural ver mulheres com corpos formados (e não recém-saídos ou ainda na adolescência) e rostos com (por que não?) algumas ruguinhas, sempre belíssimas, anunciarem roupas e perfumes para consumidoras também adultas.
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