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"As mulheres querem o poder", diz Giorgio Armani

JULIANA LOPES

Colaboração para o UOL, de Milão

26/02/2010 19h32

Logo após a primeira de uma das duas apresentações da grife Emporio Armani, nesta sexta-feira (26), o lendário estilista italiano Giorgio Armani, com expressão de vigor e ânimo, contou como é a mulher a quem a marca se refere.

  • Juliana Lopes/UOL

    Giorgio Armani em entrevista no backstage do desfila da Emporio Armani, em Milão (26/02/2010)

"Uma mulher que não quer mais ser apenas bela. Uma mulher que se impõe com força e quase agressividade", disse o estilista ao UOL Estilo. Sua coleção para o Inverno 2010/11 apresentou ombros potentes e estruturados e valorização de traços geométricos (nos cortes de cabelo, nos acessórios, nas fendas diagonais). Segundo Armani, esta é uma busca de firmeza e definição no comportamento da mulher. "As mulheres querem recuperar o poder. Elas querem o poder".



Como as mulheres dos anos 80? Que começaram a vagarosamente tomar os postos de trabalho, inclusive os anteriormente dominados pelos homens?, perguntou o UOL ao estilista. Ele sorri, porque sabe que a referência oitentista é impossível de ser negada. Mas demonstra que é apenas uma nuance. "Sim... digamos que também remetemos àquela mulher", disse, despedindo-se e caminhando protegido por seus seguranças.