Conheça o melhor e o pior dos bairros mais cobiçados de São Paulo
Alguns bairros paulistanos vira-e-mexe estão entre os mais cobiçados da cidade. Ou porque refletem de alguma maneira a personalidade de seus habitantes, ou pelo estilo de vida desejável que despertam. É quase como aquela propaganda de biscoitos: é fresquinho porque vende mais ou vende mais porque é mais fresquinho? Nesta lista, entram quatro bairros elencados por arquitetos como Marcelo Rosenbaum, que pilota há quatro anos o quadro "Lar-doce-lar" no programa Caldeirão do Huck, e Maurício Queiroz, que vai para sua quinta participação na Casa Cor, programada para o mês de maio. Estas regiões também são as mais procuradas pelos freqüentadores da Axpe, imobiliária que ganhou fama devido ao garimpo especial de imóveis, apartamentos e casas considerados grandes "achados" na cidade de São Paulo. "Cerca de 70% do nosso público quer morar no Itaim, nos Jardins, na Vila Madalena e em Higienópolis", diz o gerente comercial da empresa, Jimmy Speye r. "São bairros em que as pessoas podem fazer tudo a pé, que privilegiam o viver bem, algo muito cobiçável hoje em dia". Especialmente quando leva-se em conta o tempo cada vez mais expandido de ir e vir de qualquer lugar da cidade a bordo de um veículo motorizado...
Fotos: Conheça o melhor e o pior dos bairros de São Paulo
Qual é o melhor e o pior do seu bairro em São Paulo?
Mas falar que é só isso seria pouco. Algumas pessoas se empolgam com o imóvel em si, outras se importam com o conjunto da obra: um apartamento ou casa que preencha suas expectativas, mas situado em um bairro em que elas se sintam confortáveis. "É como núcleo de novela, em que as pessoas estão totalmente integradas ao universo ao seu redor", acredita o arquiteto Marcelo Rosenbaum, que comanda há quase quatro anos o quadro "Lar doce Lar" no Caldeirão do Huck. "O mais interessante é o comportamento das pessoas com relação ao bairro em que vivem, e isso vai muito além de um bairro estar, ou não, na moda". O arquiteto Maurício Queiroz atribui o sucesso desses bairros também ao fato de não serem bairros-dormitório. "São lugares que oferecem um pacote de atividades muito atraente", acredita.
Partindo desse princípio, quem escolhe a Vila Madalena pode estar simplesmente mais perto do trabalho - outro motivo que entra no critério de seleção de um bairro para se morar -, mas também pode sentir-se atraído pelas características do bairro: um lugar em que os contrastes fazem parte do cenário. Em que simpáticas casinhas de vila podem ser vizinhas de um boteco, de um charmoso restaurante natural ou de um ateliê de cerâmica. Em que escolas de yoga dividem o quarteirão com alamedas de serviços nada zen. Onde você pode sentir-se em Paris numa pacata tarde entre livros e cafés na livraria mais famosa do bairro ou se jogar sem medo de ser feliz na fervilhante noite do bairro.
Quem escolhe viver nos Jardins quer estar perto das baladas, das lojas da rua Oscar Freire, escolher se quer flanar no alto ou no baixo Jardins... Mas há também o público atraído pela proximidade com o Parque do Ibirapuera e o Clube Paulistano - pontos considerados pelas imobiliárias como grandes atrativos do bairro.
Já Higienópolis é um bairro dos mais cobiçados pelos que querem não só morar bem, mas também habitar apartamentos espaçosos, com pé-direito nas alturas e, de preferência, assinado por algum arquiteto bacana. O bairro é coalhado de construções projetadas por nomes como Artacho Jurado, Vilanova Artigas e Rino Levi. É um lugar em que as pessoas conhecem os prédios pelo nome: Cinderela, Bretagne, Piauí, entre outros tantos. E em que restaurantes novos pipocam a cada mês nas proximidades do cemitério da Consolação- área que, já faz algum tempo, é comparada com as cercanias da Recoleta, em Buenos Aires. Mas Higienópolis também tem seu lado familiar, das pracinhas repletas de carrinhos de bebês e do comércio mais tradicional.
Já o Itaim é o favorito de casais estreantes e de jovens executivos, devido à proximidade com a avenida Faria Lima, importante centro financeiro da cidade. A arquiteta Carolina Barbosa, moradora do bairro, cita como outras vantagens do bairro a proximidade com bons cinemas (Kinoplex e Sala UOL); as ruas de comércio, como a João Cachoeira, e o fato de ser um bairro que têm vida, gente circulando pelas ruas a qualquer hora do dia ou da noite. "Além disso, é um bairro consolidado", explica. "Quando você compra um apartamento, sabe que o cenário que vê pela janela vai permanecer o mesmo".
Confira abaixo alguns dos prós e contras de cada um desses bairros:
ITAIM
O que tem de bom
- Geografia que permite que se faça tudo à pé;
- Ruas de comércio com preços camaradas, como as lojas situadas na Rua João Cacheira;
- Transporte fácil para outros pontos da cidade, o corredor da avenida Nove de Julho entre os pontos altos;
- Bons colégios;
- Comércio farto de atrações: salões de beleza, frutarias, mercados, bons restaurantes, padarias, cinemas...;
- O fato de ser um bairro consolidado, o que evita surpresas como um prédio novo ser levantado na frente da sua janela;
- Proximidade com a Faria Lima e com o Clube Pinheiros, considerados pontos altos pelas imobiliárias.
O que tem de não tão bom
- Trânsito intenso;
- Barulho praticamente 24 horas por dia;
- Paga-se mais por serviços básicos: da gasolina aos itens do mercadinho do bairro.
VILA MADALENA
O que tem de bom
- A geografia do bairro possibilita que os habitantes resolvam tudo o precisam sem tirar o carro da garagem;
- Consumo consciente. O bairro é conhecido pela farta oferta de restaurantes vegetarianos, lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação, escolas de yoga, pequenos ateliês e lojas que oferecem produtos de apelo diferenciado - do salão de beleza à loja de roupinhas de bebê, tudo tem "a cara do bairro";
- Barzinhos e casas noturnas;
- É um bairro criativo e interessante pelos contrastes que oferece;
- Está a uma distância considerável do shopping mais próximo.
O que tem de não tão bom
- O barulho e o trânsito provocado pelos barzinhos e pelas casas noturnas;
- O quesito surpresa do bairro. Você compra um apartamento e, quando menos espera, um outro pode surgir na sua janela caso alguma construtora resolva derrubar mais algumas das casinhas tradicionais do bairro;
- Os manobristas enlouquecidos, que parecem pilotos de rally nas madrugadas de sexta-feira e sábado.
JARDINS
O que tem de bom
- A proximidade com a avenida Paulista e com a rua Oscar Freire, o corredor de compras mais glamouroso da cidade;
- A Rua Augusta, pelo sortimento de lojas com preços mais camaradas;
- O fato de o bairro carregar no DNA o fato de ser, desde os anos 70, um lugar muito cobiçável em São Paulo;
- Bom sortimento de restaurantes, cafés e bares;
- Dois dos supermercados mais bem abastecidos da cidade: o Santa Luzia e o Empório Santa Maria;
- O Clube Paulistano;
- A Fnac da Paulista;
- Fica perto do Parque do Ibirapuera;
- Um bairro de ótimos serviços, pode-se fazer tudo a pé;
- Os apartamentos "antiguinhos";
- O fato de ser um bairro sempre fervilhante.
O que tem de não tão bom
- O barulho praticamente 24 horas por dia, especialmente nas ruas em que os carros sobem as ladeiras;
- Os preços elevados praticados pelos serviço básicos: da manicure ao cafezinho;
- O trânsito pesado, a falta de vagas para estacionar o carro e os preços abusados dos estacionamentos.
HIGIENÓPOLIS
O que tem de bom
- Prédios com projetos assinados por grandes nomes da arquitetura e com apartamentos espaçosos;
- A proximidade com o centro da cidade, o que viabiliza a oferta de preços mais amigos nos serviços em geral em alguns pontos do bairro;
- A proximidade com colégios e universidades, como o Colégio Rio Branco, o Mackenzie e a FAAP;
- Ruas arborizadas e clima familiar nas ruas;
- A profusão de bons restaurantes, especialmente nas cercanias do cemitério da Consolação;
- As praças Buenos Aires e Vilaboim;
- A pista de corrida e a feira do Estádio do Pacaembu;
- O shopping Higienópolis.
O que tem de não tão bom
- Por aqui você não vai encontrar muitos apartamentos de três dormitórios com playground;
- Poucos prédios oferecem mais do que uma vaga de garagem.
Chris Campos é jornalista e editora do site Casa da Chris
Fotos: Conheça o melhor e o pior dos bairros de São Paulo
Qual é o melhor e o pior do seu bairro em São Paulo?
Folha Imagem A Vila Madalena é criativa e interessante pelos contrastes que oferece |
Mas falar que é só isso seria pouco. Algumas pessoas se empolgam com o imóvel em si, outras se importam com o conjunto da obra: um apartamento ou casa que preencha suas expectativas, mas situado em um bairro em que elas se sintam confortáveis. "É como núcleo de novela, em que as pessoas estão totalmente integradas ao universo ao seu redor", acredita o arquiteto Marcelo Rosenbaum, que comanda há quase quatro anos o quadro "Lar doce Lar" no Caldeirão do Huck. "O mais interessante é o comportamento das pessoas com relação ao bairro em que vivem, e isso vai muito além de um bairro estar, ou não, na moda". O arquiteto Maurício Queiroz atribui o sucesso desses bairros também ao fato de não serem bairros-dormitório. "São lugares que oferecem um pacote de atividades muito atraente", acredita.
Partindo desse princípio, quem escolhe a Vila Madalena pode estar simplesmente mais perto do trabalho - outro motivo que entra no critério de seleção de um bairro para se morar -, mas também pode sentir-se atraído pelas características do bairro: um lugar em que os contrastes fazem parte do cenário. Em que simpáticas casinhas de vila podem ser vizinhas de um boteco, de um charmoso restaurante natural ou de um ateliê de cerâmica. Em que escolas de yoga dividem o quarteirão com alamedas de serviços nada zen. Onde você pode sentir-se em Paris numa pacata tarde entre livros e cafés na livraria mais famosa do bairro ou se jogar sem medo de ser feliz na fervilhante noite do bairro.
Folha Imagem A rua Oscar Freire, o corredor de compras mais glamouroso da cidade, é um dos pontos altos do Jardins |
Já Higienópolis é um bairro dos mais cobiçados pelos que querem não só morar bem, mas também habitar apartamentos espaçosos, com pé-direito nas alturas e, de preferência, assinado por algum arquiteto bacana. O bairro é coalhado de construções projetadas por nomes como Artacho Jurado, Vilanova Artigas e Rino Levi. É um lugar em que as pessoas conhecem os prédios pelo nome: Cinderela, Bretagne, Piauí, entre outros tantos. E em que restaurantes novos pipocam a cada mês nas proximidades do cemitério da Consolação- área que, já faz algum tempo, é comparada com as cercanias da Recoleta, em Buenos Aires. Mas Higienópolis também tem seu lado familiar, das pracinhas repletas de carrinhos de bebês e do comércio mais tradicional.
Já o Itaim é o favorito de casais estreantes e de jovens executivos, devido à proximidade com a avenida Faria Lima, importante centro financeiro da cidade. A arquiteta Carolina Barbosa, moradora do bairro, cita como outras vantagens do bairro a proximidade com bons cinemas (Kinoplex e Sala UOL); as ruas de comércio, como a João Cachoeira, e o fato de ser um bairro que têm vida, gente circulando pelas ruas a qualquer hora do dia ou da noite. "Além disso, é um bairro consolidado", explica. "Quando você compra um apartamento, sabe que o cenário que vê pela janela vai permanecer o mesmo".
Confira abaixo alguns dos prós e contras de cada um desses bairros:
Folha Imagem O Itaim Bibi possui ruas de comércio com preços camaradas, como as lojas situadas na Rua João Cacheira |
O que tem de bom
- Geografia que permite que se faça tudo à pé;
- Ruas de comércio com preços camaradas, como as lojas situadas na Rua João Cacheira;
- Transporte fácil para outros pontos da cidade, o corredor da avenida Nove de Julho entre os pontos altos;
- Bons colégios;
- Comércio farto de atrações: salões de beleza, frutarias, mercados, bons restaurantes, padarias, cinemas...;
- O fato de ser um bairro consolidado, o que evita surpresas como um prédio novo ser levantado na frente da sua janela;
- Proximidade com a Faria Lima e com o Clube Pinheiros, considerados pontos altos pelas imobiliárias.
O que tem de não tão bom
- Trânsito intenso;
- Barulho praticamente 24 horas por dia;
- Paga-se mais por serviços básicos: da gasolina aos itens do mercadinho do bairro.
Folha Imagem Prédios assinados por grandes nomes da arquitetura e com apartamentos espaçosos são a marca de Higienópolis |
VILA MADALENA
O que tem de bom
- A geografia do bairro possibilita que os habitantes resolvam tudo o precisam sem tirar o carro da garagem;
- Consumo consciente. O bairro é conhecido pela farta oferta de restaurantes vegetarianos, lojas de produtos naturais, farmácias de manipulação, escolas de yoga, pequenos ateliês e lojas que oferecem produtos de apelo diferenciado - do salão de beleza à loja de roupinhas de bebê, tudo tem "a cara do bairro";
- Barzinhos e casas noturnas;
- É um bairro criativo e interessante pelos contrastes que oferece;
- Está a uma distância considerável do shopping mais próximo.
O que tem de não tão bom
- O barulho e o trânsito provocado pelos barzinhos e pelas casas noturnas;
- O quesito surpresa do bairro. Você compra um apartamento e, quando menos espera, um outro pode surgir na sua janela caso alguma construtora resolva derrubar mais algumas das casinhas tradicionais do bairro;
- Os manobristas enlouquecidos, que parecem pilotos de rally nas madrugadas de sexta-feira e sábado.
JARDINS
O que tem de bom
- A proximidade com a avenida Paulista e com a rua Oscar Freire, o corredor de compras mais glamouroso da cidade;
- A Rua Augusta, pelo sortimento de lojas com preços mais camaradas;
- O fato de o bairro carregar no DNA o fato de ser, desde os anos 70, um lugar muito cobiçável em São Paulo;
- Bom sortimento de restaurantes, cafés e bares;
- Dois dos supermercados mais bem abastecidos da cidade: o Santa Luzia e o Empório Santa Maria;
- O Clube Paulistano;
- A Fnac da Paulista;
- Fica perto do Parque do Ibirapuera;
- Um bairro de ótimos serviços, pode-se fazer tudo a pé;
- Os apartamentos "antiguinhos";
- O fato de ser um bairro sempre fervilhante.
O que tem de não tão bom
- O barulho praticamente 24 horas por dia, especialmente nas ruas em que os carros sobem as ladeiras;
- Os preços elevados praticados pelos serviço básicos: da manicure ao cafezinho;
- O trânsito pesado, a falta de vagas para estacionar o carro e os preços abusados dos estacionamentos.
HIGIENÓPOLIS
O que tem de bom
- Prédios com projetos assinados por grandes nomes da arquitetura e com apartamentos espaçosos;
- A proximidade com o centro da cidade, o que viabiliza a oferta de preços mais amigos nos serviços em geral em alguns pontos do bairro;
- A proximidade com colégios e universidades, como o Colégio Rio Branco, o Mackenzie e a FAAP;
- Ruas arborizadas e clima familiar nas ruas;
- A profusão de bons restaurantes, especialmente nas cercanias do cemitério da Consolação;
- As praças Buenos Aires e Vilaboim;
- A pista de corrida e a feira do Estádio do Pacaembu;
- O shopping Higienópolis.
O que tem de não tão bom
- Por aqui você não vai encontrar muitos apartamentos de três dormitórios com playground;
- Poucos prédios oferecem mais do que uma vaga de garagem.
Chris Campos é jornalista e editora do site Casa da Chris
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