Sommer faz divertido "desfile-show" de roupas e performance no Cine Odeon

Manhã ensolarada, centro do Rio, porta do Cine Odeon, e a chance do dia começar bem já aumenta quando os fashionistas se deparam, na parte de fora da entrada do antigo cinema, com um robô estilo "transformer" (lembra da série de animação japonesa?) gigantesco, se movimentando ao som de um funk japonês. Quase impossível não achar, no mínimo, simpática, no máximo, bem engraçada a idéia da marca Sommer para ambientar os convidados à atmosfera do tema de seu desfile, que abriu mais um dia de Fashion Rio, nesta quarta (6).
Com bom humor e uma dose considerável de fantasia como marcas de seu estilo, Thaís Losso, que dirige a equipe criativa da marca, inventou, desta vez, um mundo imaginário ambientado em Shangrilá, com misturas de referências pop asiáticas. "Tenho estudado muito a Ásia. Queria fazer um movimento meio pan-asiático", disse a estilista, antes do desfile.
Para apresentar a coleção que misturou os universos orientais que vão das "lolitas de Tóquio" (as meninas que gostam de se vestir tematicamente, normalmente com elementos fetichistas no meio) aos fantasiados do Cosplay, além da nova onda dos jovens japoneses de criar maneiras novas de vestir os tradicionais quimonos, a Sommer colocou todo mundo sentado no teatro de poltronas vermelhas, pintou a parede do palco com uma paisagem bucólica oriental e colocou uma bailarina de quimono, meia três quartos e calcinha vermelhas para fazer lentos movimentos, enquanto o desfile acontecia.
Na coleção, uma lição de como se digere uma referência (ou várias) para transformá-la em algo novo, criativo e usável, fugindo dos estereótipos. Os vestidinhos trapézio então ganharam um detalhe nas costas em referência à amarração dos quimonos, as gueixas apareceram em estampas pintadas à mão, as dobraduras em espécies de pregas no vestido amarelo de cintura marcada no lugar (um dos poucos que não eram totalmente soltos). Os elementos fetichistas, como corseletes e meias três quartos, apareceram de forma mais suave do que a usada pelas japonesas lolitas, tornando, assim, as peças mais usáveis e com menos cara de fantasia (o que muitas vezes acontece com os looks vistos em Tóquio).
Supercolorida, com looks quase inteiros de um tom só de turqueza, amarelo, coral ou pink, quebrados pelas estampas também multicoloridas, a coleção também fez bonito para na parte masculina. Sobreposições, jaquetas e paletós estampados ou com as aplicações de bonequinhos de feltro, calças, bermudas e macacões com cavalo deslocado, acompanhados de botinas pretas e óculos de aro de acetado retangulares (bem ao estilo japonês moderno) deram aos garotos um ar moderno e bem humorado, com elementos infantis sem ser infantilóide.
A trilha sonora merece comentário à parte; realizada pelas Esquisitinhas.com, de Jackson Araujo e Sylvio Martins, trouxe versões de músicas e estilos brasileiríssimos tocados por bandas japonesas. "Novos Baianos" e até um dublê de Caetano Veloso (dava quase para jurar que era ele) fizeram parte do repertório impagável.
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