Topo

Marcelo Sommer traz fantasia, bom humor e proposta de moda ao SPFW

Marcelo Sommer desenvolveu casacos com o tradicional cobertor Parayba - Alexandre Schneider/UOL
Marcelo Sommer desenvolveu casacos com o tradicional cobertor Parayba
Imagem: Alexandre Schneider/UOL

CAROLINA VASONE<br>Editora de UOL Estilo

29/01/2007 23h57

Os desfiles de Marcelo Sommer sempre foram uma festa. E, como crianças, o público esperava ansiosamente pelo momento de comer o algodão doce, o cachorro-quente e a pipoca dentro daquele playground incrível montado pelo estilista. Mesmo quando a apresentação não era exatamente divertida, mas emocionante (como o último desfile de Sommer à frente da marca Sommer, em janeiro de 2006), havia sempre a atmosfera de entrar num mundo à parte, como se a página de um livro de fábulas grande de capa dura e colorida tivesse acabado de ser aberto.



Na primeira coleção que Marcelo Sommer criou para a sua nova marca, batizada de "Do Estilista", não foi diferente. O nome da grife mudou, mas o espírito de Sommer está todo nela.



Num desfile colorido, bem-humorado, divertido e criativo, Sommer contou um pouco da história de sua grife por meio das estampas que resgatavam ícones da Sommer. O trevo, o gato, a ferradura e outros símbolos foram reunidos numa só estampa, batizada de "caixa-preta" (em alusão à exposição que ele fez na "House of Palomino", no ano passado). Os cavalinhos apareceram em outra estampa de fundo amarelo, como na calça masculina combinada com a camisa num xadrez azul e detalhe de cowboy na altura da gola.



Mais do que o cowboy, o western apareceu em vários looks, tanto na lavagaem do jeans azul claro quanto nas camisas xadrezas masculinas, em combinações femininas. O xadrez foi outro que reinou na passarela, em versões diferentes combinadas no mesmo look ou junto com estampas florais ou listradas.



Os casacos e jaquetas femininos e masculinos merecem destaque especial, nas estampas digitais fortes e coloridas com amarelo, turqueza, pink e uma profusão de cores, em modelos curtos e ajustados para os homens, com alguns momentos de casacos sete oitavos, como o casaco com a estampa caixa-preta, no fundo marrom. Os casacos femininos evasês, levemente marcados na cintura, ganhavam muita graça com as estampas divertidas, multicoloridas e femininas. A feminilidade, aliás, apareceu de um jeito descontraído e charmoso, mesmo quando as sobreposições eram muitas e o corpo não tão marcado.



No mundo fantástico de Sommer, as estampas se misturam, peças são vestidas uma por cima da outra, e tudo fica bonito e muito usável, inclusive a meia-calça com estampa de osso de caveira usada por Luciana Curtis, musa do estilista. Parece um incentivo a se divertir com a moda, abrir o guarda-roupa e fazer a festa, sem medo de ser feliz.