Reinaldo Lourenço dá a largada do SPFW com inverno urbano e vestidos frufru

Nada de homens e mais homens, ternos ajustados e desfile com produção de espetáculo, típicos dos desfiles de Ricardo Almeida, que costumavam abrir o São Paulo Fashion Week. No lugar, um teatro transformado em sala de desfiles quase convencional, sem o palco e a platéia habituais, foi o cenário para o desfile de Reinaldo Lourenço, que deu a largada da edição Inverno 2007 da temporada de moda mais importante do país nesta quarta (24), no Teatro da Faap.
Como nos desfiles de Ricardo Almeida, havia celebridades na platéia. Deborah Falabella e Fernanda Torres eram as mais estreladas. E as comparações possíveis entre Reinaldo e Ricardo páram aí.
Para a sua coleção invernal, o estilista novamente misturou influências de roupas do passado com o perfume da rebeldia do rock na primeira parte da coleção, a que trouxe mais peças com a marca do seu estilo, sem perder o ar novidadeiro. Foi quando Caroline Trentini surgiu com o primeiro look, um vestido cinza de babados plissados na barra e zíperes cortanto o tecido em várias direções, usado com calça de couro justíssima em preto, peça que apareceu em boa parte dos looks.
Em combinações sóbrias e frias, com cartela de cores entre o cinza, o preto e o amarronzado, pontuados por alguns brilhos, as roupas foram aparecendo e mostrando um toque levíssimo de uma das inspirações do estilista, a era eduardiana (conhecido, na Inglaterra, pelo período entre o comecinho do século 20 e a Primeira Guerra Mundial) nos enfeites das peças com pregas, plissados falsos (em tecidos que imitam o plissado) e babados que apareciam em formas justas mas não curvilíneas como na minissaia com camadas de babados intercalada por faixas de zíperes, nas jaquetas e coletes de couro com zíperes e babadinhos duros plissados, numa atitude feminina mas agressiva e urbana.
Mas isso foi o começo do desfile. Depois das peças mais estruturadas, que conseguiam misturar zíperes, babadinhos, plissados, nervuras, couro e deixar tudo frio e ao mesmo tempo quente, veio a parte mais frufru da coleção, primeiro em algumas camisas e vestidos em cetim de seda com mangas bufantes, num estilo "garotinha" mais contido. Depois, os brilhos, as rendas (material bem utilizado na era eduardiana) e os bordados apareceram em vestidos de festa que perderam a agressividade e optaram por simplesmente serem femininos.
Um detalhe curioso: Pedro Lourenço, filho de Reinaldo Lourenço e Gloria Coelho, foi o responsável pelo styling da coleção do pai.
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