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Walter Rodrigues abre o penúltimo dia com coleção vermelha na Cinelândia

Estilista Walter Rodrigues escolheu o vermelho para dar unidade ao desfile - Publius Vergilius/UOL
Estilista Walter Rodrigues escolheu o vermelho para dar unidade ao desfile
Imagem: Publius Vergilius/UOL

CAROLINA VASONE<br>Enviada especial ao Rio

10/06/2006 14h59

"O Japão é minha alma". Assim, Walter Rodrigues definiu sua relação com o país, presente em todas as suas coleções. Mas o desfile apresentado na Praça Monroe, na Cinelândia (centro do Rio), na manhã deste sábado (10), trazia mais do que isso.



Com a idéia de fazer uma costura de todo o seu trabalho até hoje, o estilista misturou referências de várias épocas: dos vestidos longos glamourosos e esvoaçantes - sua marca registrada - às formas mais perto do corpo, justíssimas em couro, curtas em alguns dos looks. O vermelho foi a cor escolhida para dar unidade às diferenças de volumes e à mescla da moda mais "noite" com a mais esportiva.



Recortes apareceram desenhando saias longas, curtas, calças justíssimas de chamois, formando nervuras - na verdade tratava-se de uma costura inglesa do avesso, explicou mais tarde Walter Rodrigues.



O japonismo surgiu em momentos como o do belo vestido vermelho, com manguinha japonesa de seda, saia de panos com a costura inglesa, aberta em nesgas, com uma grande fenda lateral, amarrada em dois lacinhos. Na cintura, um largo obi em tom mais claro de vermelho (havia vários tons de vermelho na coleção).