Açougue retira cartazes que anunciavam carnes com mulher de biquíni
Após gerar polêmica e inúmeras críticas, um açougue do norte de Portugal decidiu retirar os cartazes que anunciavam "vitela branca para assar", "coxa de frango" e "lombo e costeletas" com a imagem de uma jovem de biquíni.
Diante de uma avalanche de reclamações, a empresa Carnes Sá da Bandeira pediu desculpas pelo Facebook, mas alegou que as fotografias, que mostram a jovem de biquíni olhando para o mar, faziam alusão ao verão.
O estabelecimento retirou as imagens das vitrines após o Movimento Democrático de Mulheres (MDM) denunciar o caso à Comissão de Igualdade de Gênero do governo.
Sandra Benfica, membro da diretoria da organização, explicou à Agência Efe que o movimento classificou a iniciativa como um exemplo de "publicidade subliminar" e questionável. Para Benfica, esta prática "viola a dignidade humana" e não mostra a igualdade entre homens e mulheres, princípios estruturais da publicidade que "não se cumprem neste caso".
"Este tipo de publicidade viola claramente o Código da Publicidade, que no seu Artigo 7.º (Princípio da licitude) proíbe a publicidade que, pela sua forma, objeto ou fim, ofenda os valores, princípios e instituições fundamentais constitucionalmente consagrados, bem como proíbe publicidade que atente contra a dignidade da pessoa humana e contenha qualquer discriminação em relação a raça, língua, território de origem, religião ou sexo", afirma o movimento.
Depois da denúncia apresentada pelo MDM, a Comissão de Igualdade terá que decidir se a publicidade é discriminatória ou de mau gosto e se está dentro da legislação portuguesa.
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