Mulheres fazem greve em Israel em protesto contra violência de gênero

Milhares de mulheres em Israel participam nesta terça-feira de uma greve contra a violência de gênero, que terá nesta tarde uma grande manifestação em Tel Aviv e outras cidades e conta com o apoio da administração pública.
Mais de 300 autoridades, instituições públicas locais e regionais, escolas e empresas manifestaram seu apoio ao protesto e informaram a seus funcionários que não terão seus salários descontados se decidirem participar da greve, por isso espera-se que a adesão seja alta.
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Entre os órgãos que apoiam a greve estão 47 autoridades locais, 11 sindicatos, 84 empresas, 27 organizações civis e 100 corporações e pequenos negócios, além da Residência do Presidente, Reuven Rivlin, o movimento de Kibutz, a Universidade Hebraica, o Google, as principais empresas de telecomunicações do país, bancos e o clube de futebol Maccabi Tel Aviv.
O protesto tenta chamar a atenção sobre a falta de ação governamental e policial para combater a violência contra as mulheres e foi convocado uma semana depois do assassinato de duas adolescentes no país: Yara Ayub, de 16 anos, e Silvana Tsegai, de 12.
No decorrer deste ano de 2018, 23 mulheres morreram em Israel vítimas de violência sexual, o número mais alto desde 2011 e que acontece em um país com apenas 8 milhões de habitantes.
Os movimentos de defesa dos direitos das mulheres acusam o governo de não fazer nada a respeito e várias deputadas propuseram a criação de uma comissão de investigação para estudar a falta de ação das autoridades, o que não foi aprovado pela coalizão de governo, informou hoje o jornal "Yedioth Ahronoth".
Ontem, deputados membros da coalizão abandonaram suas cadeiras em protesto no plenário do Knesset (parlamento), onde foi tratada, de novo, a questão sobre a violência contra as mulheres.
São esperadas manifestações ao longo do dia nas cidades de Acre, Kiryat Shmona, Nahariya, Safed, Ramat Hasharon e Haifa, que culminarão esta tarde com o ato central na praça Rabin em Tel Aviv.
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