Topo

Charlene Wittstock: uma discreta sucessora de Grace Kelly

27/06/2011 21h19

Paris, 27 jun (EFE).- A sul-africana Charlene Wittstock, que após seu casamento nesta sexta-feira (1º) com o príncipe Albert II de Mônaco vai atrair todos as atenções dirigidas ao Principado, encarna seu novo papel com humildade, mas prefere que não a considerem uma simples cópia de Grace Kelly.

"Não se pode comparar as duas", afirmou a ex-campeã de natação nas inúmeras entrevistas que concedeu desde o anúncio do compromisso, em junho de 2010.

Nascida no Zimbábue no dia 25 de janeiro de 1978, Charlene, que aos 12 anos se mudou para a África do Sul com a família, revelou que está entrando nesta fase da vida "ciente das responsabilidades" que seu novo status demanda, mas com a vontade de continuar aprendendo para corresponder às expectativas.

Para este papel, a jovem está se preparando há mais de quatro anos com a mesma disciplina e determinação que apresentou quando competia como nadadora - em 2002, ela chegou a ganhar três medalhas de ouro na Copa do Mundo e uma medalha de prata nos Jogos da Commonwealth realizados em Manchester.

Charlene se apaixonou pela natação na piscina de sua família. Aos três anos já dominava o estilo 'peito', aos oito demonstrava claramente que faria dele sua especialidade e, aos 22, ganhou a medalha de ouro nos 200 metros costas no circuito Marenostrum de Mônaco.

A jovem, de 33 anos, reconhece que o esporte uniu o casal, mas afirmou que não é a única paixão que compartilha com seu noivo, com o qual diz ter em comum também o desejo de ajudar as pessoas e o interesse em entender o que acontece no mundo.

O trabalho humanitário, ao qual anonimamente dedicava seu tempo dando aulas de natação a crianças desfavorecidas, vai ocupar após o casamento grande parte de sua agenda como princesa.


Sua biografia oficial indica que desde 2009 é presidente de honra do "Ladies Lunch" de Monte Carlo, e foi nomeada madrinha da Fundação Nelson Mandela e das fundações "Born Free" e "Special Olympics Charity".

Charlene, a mais velha de três irmãos, revelou que o surfe é um de seus esportes favoritos e que é apaixonada por arte contemporânea e poesia sul-africana.

Aparentemente, conquistou Alberto 2º de Mônaco não apenas por sua personalidade, mas também pela habilidade na cozinha, conforme declarou brincando em uma entrevista concedida ao jornal belga "Le Soir". O príncipe elogiou, entre outras coisas, seu "excelente curry".

O atual soberano, após o primeiro encontro no Principado, só a chamou para sair um ano mais tarde durante uma competição, em 2006. Segundo a imprensa local, eles fizeram um passeio de Rolls Royce e seguiram para seu apartamento, onde puderam apreciar a impressionante vista de sua cobertura.

Após uma relação que se fortaleceu enquanto se encontravam nas competições internacionais, a sul-africana só se mudou para o Principado em 2007, mesmo ano em que sofreu uma lesão nas costas, enquanto se preparava para competir nos Jogos Olímpicos de Pequim e se viu obrigada a abandonar a carreira de atleta.

Nestes últimos anos à sombra do Príncipe, teve de se converter ao catolicismo, preparar0se para a nova função e até mudar a maneira de se vestir. "Antes ficava todo o tempo de moletom. Agora pegou gosto pela moda", disse seu pai, Michael Wittstock, à revista "Paris Match".

Charlene não esconde seu desejo de ser mãe em breve, de ter sua própria família no Palácio do Príncipe, e antecipou que pretende mudar a decoração, já que segundo ela "é visível que há muito tempo que nele não vive uma mulher".