Estilistas muçulmanas promovem moda "halal" no Reino Unido
Judith Mora Londres, 20 ago (EFE).- Um pequeno grupo de estilistas britânicas de religião muçulmana promove no Reino Unido uma moda "halal" (permitida), que satisfaz as necessidades das mulheres que querem se vestir bem sem ignorar os preceitos de sua fé.
"Sempre que for com modéstia, podemos usar o que for", afirma Remona Aly, subdiretora da revista mensal "Emel", a primeira publicação do país sobre moda e estilo de vida islâmicos.
"O mercado para uma moda respeitosa com o Islã é enorme", observa, já que pouco a pouco os jovens muçulmanos nascidos no Reino Unido "tomam confiança para expressar externamente suas crenças e cultura".
No caso das mulheres, isto pode significar usar o "hijab" (véu) e vestir roupas largas para esconder as formas, o que - admite a jornalista muçulmana - "sem um pouco de imaginação, pode ser bem chato".
Para abastecer às fiéis mais sóbrias, Yasmin Safri criou - sob a marca Arabian Nites - uma coleção de "abayas" (túnicas) que quebram a monotonia do corte simples com bordados de cristais e cores vibrantes, embora o petro continue, já que "nunca sai de moda".
Safri, de 30 anos, dirige uma loja na mesquita de Whitechapel, no leste de Londres, uma das áreas com maior população muçulmana do país. Mas suas clientes, muitas delas convertidas, "vêm de todas as partes".
Embora de origem indiana, a estilista formada no London College of Fashion foi para o lado de uma moda inspirada no Oriente Médio porque "há menos oferta", frente à multidão de criadores que exploram o estilo do subcontinente asiático.
O "shalwar kameez", conjunto de camisa longa e calça larga que as muçulmanas na Índia e no Paquistão vestem, ultrapassou fronteiras e agora, com variedade de cores e estampas, ganha adeptos inclusive entre o público em geral.
Os sofisticados desenhos de Sheba Bashir-Kichloo, criadora da marca Afaaf, também se inspiram no Oriente Médio, mas são destinados a um tipo de cliente com maior poder aquisitivo.
Seus conjuntos para homens e mulheres, combinam padrões orientais com um toque ocidental, o que os torna atraentes inclusive para pessoas que não seguem a fé muçulmana.
"Há alguns anos, vi que havia uma carência no mercado para as mulheres que querem ter estilo e, ao mesmo tempo, se cobrir, por isso decidi fazer desenhos realistas para a mulher muçulmana de hoje", afirma.
Além de túnicas e kaftanes, com estampas que recriam "a geometria da arte e a cerâmica islâmicas", a estilista oferece excelentes blusas de seda com apliques de pedras semipreciosas e vistosos xales com bordados feitos à mão na Palestina ou Caxemira.
De Leicester, no centro da Inglaterra, vem Sophia Kara, fundadora da Imaan Collections. A estilista aposta na simplicidade com criações inspiradas na "arquitetura e natureza".
Maria Mian, também formada no London College of Fashion, dedica-se às roupas infantis, e acaba de criar a Tifal, uma marca que promove "a fusão e a mistura de culturas".
Apesar da nova oferta de roupas "halal", muitas jovens muçulmanas optam por elaborar suas próprias combinações, com roupas modernas compradas em lojas convencionais.
Segundo a jornalista Remona Aly, elas têm o mérito da atual moda londrina de sobrepor peças de roupa, como vestidos sobre calças ou camisetas com alças sobre outras de manga longa, tudo para ficar bonita sem mostrar um centímetro do corpo.
"Sempre que for com modéstia, podemos usar o que for", afirma Remona Aly, subdiretora da revista mensal "Emel", a primeira publicação do país sobre moda e estilo de vida islâmicos.
"O mercado para uma moda respeitosa com o Islã é enorme", observa, já que pouco a pouco os jovens muçulmanos nascidos no Reino Unido "tomam confiança para expressar externamente suas crenças e cultura".
No caso das mulheres, isto pode significar usar o "hijab" (véu) e vestir roupas largas para esconder as formas, o que - admite a jornalista muçulmana - "sem um pouco de imaginação, pode ser bem chato".
Para abastecer às fiéis mais sóbrias, Yasmin Safri criou - sob a marca Arabian Nites - uma coleção de "abayas" (túnicas) que quebram a monotonia do corte simples com bordados de cristais e cores vibrantes, embora o petro continue, já que "nunca sai de moda".
Safri, de 30 anos, dirige uma loja na mesquita de Whitechapel, no leste de Londres, uma das áreas com maior população muçulmana do país. Mas suas clientes, muitas delas convertidas, "vêm de todas as partes".
Embora de origem indiana, a estilista formada no London College of Fashion foi para o lado de uma moda inspirada no Oriente Médio porque "há menos oferta", frente à multidão de criadores que exploram o estilo do subcontinente asiático.
O "shalwar kameez", conjunto de camisa longa e calça larga que as muçulmanas na Índia e no Paquistão vestem, ultrapassou fronteiras e agora, com variedade de cores e estampas, ganha adeptos inclusive entre o público em geral.
Os sofisticados desenhos de Sheba Bashir-Kichloo, criadora da marca Afaaf, também se inspiram no Oriente Médio, mas são destinados a um tipo de cliente com maior poder aquisitivo.
Seus conjuntos para homens e mulheres, combinam padrões orientais com um toque ocidental, o que os torna atraentes inclusive para pessoas que não seguem a fé muçulmana.
"Há alguns anos, vi que havia uma carência no mercado para as mulheres que querem ter estilo e, ao mesmo tempo, se cobrir, por isso decidi fazer desenhos realistas para a mulher muçulmana de hoje", afirma.
Além de túnicas e kaftanes, com estampas que recriam "a geometria da arte e a cerâmica islâmicas", a estilista oferece excelentes blusas de seda com apliques de pedras semipreciosas e vistosos xales com bordados feitos à mão na Palestina ou Caxemira.
De Leicester, no centro da Inglaterra, vem Sophia Kara, fundadora da Imaan Collections. A estilista aposta na simplicidade com criações inspiradas na "arquitetura e natureza".
Maria Mian, também formada no London College of Fashion, dedica-se às roupas infantis, e acaba de criar a Tifal, uma marca que promove "a fusão e a mistura de culturas".
Apesar da nova oferta de roupas "halal", muitas jovens muçulmanas optam por elaborar suas próprias combinações, com roupas modernas compradas em lojas convencionais.
Segundo a jornalista Remona Aly, elas têm o mérito da atual moda londrina de sobrepor peças de roupa, como vestidos sobre calças ou camisetas com alças sobre outras de manga longa, tudo para ficar bonita sem mostrar um centímetro do corpo.
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