Mulheres de minorias obtêm menos patentes que as brancas nos EUA
Mulheres negras e latinas têm menos probabilidade de obter direitos de patente nos EUA do que as mulheres brancas e os homens, mesmo liderando o crescimento de novas empresas de propriedade feminina nas últimas duas décadas, segundo um novo estudo.
"Os dados mostram que é pouco provável essas pessoas obtenham direitos de propriedade intelectual", afirmou o Instituto de Pesquisa de Políticas para Mulheres, um think tank de Washington, em um relatório divulgado nesta terça-feira. Em geral, menos de 19 por cento das patentes emitidas pelo Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos EUA são de uma inventora, de acordo com os dados mais recentes, compilados em 2015.
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O relatório constatou que "apesar de terem menos probabilidade de obter direitos de propriedade intelectual do que os homens, as empresas pertencentes a mulheres estão ativamente engajadas em atividades inovadoras e geralmente em proporções pelo menos tão altas quanto as empresas que pertencem a homens".
Há cada vez mais mulheres abrindo empresas próprias e as mulheres negras e latinas estão desempenhando um papel na aceleração da atividade empreendedora. O número de empresas cujas proprietárias são mulheres aumentou de 847.000 para 1,1 milhão entre 1997 e 2015, segundo o estudo. Além disso, o número de empresas que pertencem a mulheres de minorias respondeu por mais de dois terços do crescimento total nesse período, de acordo com o estudo.
No entanto, a questão da diferença nas patentes é "mais severa para os grupos minoritários, especialmente para mulheres afro-americanas e latinas", disse Jeanne Curtis, diretora do Projeto para a Diversidade de Patentes Cardozo-Google, um programa financiado em parte pelo Google, da Alphabet, que se dedica a aumentar o número de patentes emitidas para mulheres e minorias.
"É por meio da inovação que criamos soluções para os desafios mais urgentes que nossa sociedade enfrenta hoje", disse Jessica Milli, uma das autoras do relatório. Sem contribuições de todos os sexos e grupos étnicos, algumas questões são negligenciadas e "chega-se a soluções que só funcionam para uma pequena parcela da população".
Embora a representação de mulheres nas empresas tenha aumentado, ela tem sido desigual e as mulheres continuam sendo minoria em ciência, tecnologia, engenharia e matemática, campos coletivamente denominados STEM. Esses campos tendem a produzir mais patentes, por isso, o papel menor das mulheres nos setores STEM tem sido historicamente um fator importante no gap de patentes.
As mulheres representam quase metade da força de trabalho dos EUA, mas apenas 29 por cento da força de trabalho dos campos STEM. Menos de cinco por cento de mulheres brancas, 2,8 por cento das mulheres negras e 2,3 por cento das mulheres indígenas americanas trabalham no setor STEM.
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