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Cinco coisas que todo pai e mãe têm que saber para melhorar a vida dos filhos

Famílias tendem a reproduzir a educação recebida dos pais através das gerações - Getty
Famílias tendem a reproduzir a educação recebida dos pais através das gerações Imagem: Getty

25/12/2019 14h25

Na criação dos filhos, é muito comum que os pais reproduzam a mesma educação recebida de seus próprios pais assim, as crianças são orientadas de formas semelhantes por várias gerações.

Embora muitas das lições familiares possam ser valiosas, também é possível incorporar novas ideias, comportamentos e formas de educar na criação dos filhos que talvez não façam parte daquele estilo padrão. Sempre há algo novo a ser aprendido.

A psicoterapeuta Philippa Perry, que está lançando o livro The Book You Wish Your Parents Had Read ("O livro que você gostaria que seus pais tivessem lido", em tradução livre; sem edição em português), explica como dar aos filhos uma boa educação sem se cobrar demais.

Aqui estão suas cinco principais dicas para isso.

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Philippa Perry está lançando o livro 'The Book You Wish Your Parents Had Read' ('O livro que você gostaria que seus pais tivessem lido', em tradução livre)
Imagem: reprodução

1. Estabeleça limites

É algo difícil, porque você ama seu filho e quer dar tudo a ele. Mas em alguns momentos, é preciso estabelecer limites.

Mesmo que queira ser um pai ou mãe acessível e permissivo, é necessário fazer isso.

E como fazê-lo de forma amorosa? Uma dica para isso é usar frases com "eu" em vez de "você". Assim você está definindo quem você é, em vez de rotular a criança ? afinal ninguém gosta de ser rotulado.

Então você pode tentar dizer coisas como "eu sei que você quer atravessar a cidade de ônibus à noite, mas eu não estou preparado para deixar você fazer isso", em vez de: "não, você tem 13 anos, é novo demais".

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Estabelecer limites é essencial
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2. Aceite todos os estados de espírito das crianças

É claro que os pais querem que os filhos sejam muito felizes, mas é impossível ser feliz o tempo todo.

É quase como se a gente amasse demais, a ponto de não suportar ver nossos filhos infelizes, então dizemos: "não fique triste".

Mas é muito importante que os pais permitam que os filhos sintam e expressem todos os seus sentimentos, e os apoiem nesses momentos.

Precisamos aceitar todas as emoções que os filhos têm, para que eles não se sintam mal consigo mesmos em momentos de tristeza ou raiva - afinal, esses também são sentimentos legítimos.

3. Lembre-se que você é como um espelho para seu filho

A forma como você reage ao seu filho é internalizada e se torna parte da personalidade dele.

Se você está sempre reprovando, dizendo frases como "olha só esses sapatos sujos", a única coisa que ele vai ver é sua cara brava.

Então é importante tentar aliviar um pouco a tensão antes de falar dos sapatos. Tente por exemplo se mostrar feliz em vê-lo.

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Se tudo o que você apresenta ao seu filho é reprovação, ele só vai ver sua cara brava
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4. Todo comportamento é questão de comunicação

Se seu filho está tendo problemas de comportamento, lembre-se do seguinte: é tudo uma questão de comunicação.

O que seu filho está fazendo é tentar comunicar algo da única forma que ele sabe.

Então, o que precisamos fazer é encontrar o verdadeiro significado daquele comportamento e ajudá-lo a buscar a melhor forma de expressar seus sentimentos.

Precisamos permitir e reconhecer todas as emoções, mesmo as incovenientes.

Precisamos ajudar as crianças a articularem os seus sentimentos, ainda que eles não sejam os mesmos que estaríamos sentindo naquela situação. Cada pessoa é diferente da outra.

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Um filho é uma pessoa como você, não uma tarefa ou projeto
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5. Seu filho não é um projeto ou tarefa

E a questão mais importante: seu filho não é um tarefa para ser feita e riscada da lista, nem um projeto que precisa ser perfeito e exatamente como você quer. Ele é uma das pessoas com a qual você pode criar uma identificação.

Não importa se é um bebê ou um adulto, seu filho é antes de tudo uma pessoa. Não se esqueça disso.