Topo

Homens mentem mais e com menos culpa que mulheres, diz pesquisa

19/05/2010 10h56

Uma pesquisa que analisou os depoimentos de três mil britânicos concluiu que homens têm maior propensão a dizer mentiras e se sentem menos culpados em mentir do que mulheres.

O estudo indicou que cada homem britânico mente em média três vezes por dia, o que equivale a 1.092 mentiras por ano. Já as mulheres parecem mais honestas: segundo a enquete, as britânicas mentiriam em média duas vezes por dia, ou 728 vezes por ano.

A pesquisa foi encomendada pelo Museu da Ciência (Science Museum), em Londres, para marcar a inauguração de uma nova galeria. Chamada "Who Am I?" (em tradução livre, "quem sou eu?"), a nova galeria é dedicada às ciências do cérebro, genética e comportamento.

Mães

Segundo os depoimentos, a pessoa a quem o britânico tende a contar mais mentiras é sua própria mãe. Um quarto dos homens (25%) admitiu ter mentido para a mãe, em contraste com apenas um quinto (20%) das mulheres. Mentir para o parceiro ou parceira, no entanto, parece menos comum entre os britânicos: apenas 10% admitiram fazer isso.

Perguntados sobre o tipo de mentira que contam com mais frequência, os homens entrevistados disseram que a mais comum é dizer que não beberam muito. Entre as mulheres, a mentira mais comum é a clássica "está tudo bem", usada com frequência para esconder seus sentimentos.

As mulheres se revelaram mais propensas a sentir culpa após dizer uma mentira: 82% delas disseram que a mentira pesa em sua consciência, em contraste com 70% dos homens.

Existe uma mentira aceitável? A maioria, 82%, acha que sim. Por exemplo, mentir para proteger alguém é perfeitamente aceitável para 71% dos entrevistados. E 57% disseram que mentiriam a respeito de um presente de que não gostaram para não ofender quem lhes presenteou.

Com relação à qualidade da mentira, 55% dos britânicos entrevistados acham que as mulheres contam mentiras melhores, embora mintam menos.

Uma das curadoras do Museu da Ciência Katie Maggs, disse que não há consenso sobre possíveis origens genéticas, evolutivas ou culturais da mentira.

"Mentir pode parecer uma parte inevitável da natureza humana, mas também tem um papel importante nas interações sociais", disse Maggs.