Padre mexicano pede que mulheres não usem minissaia
Um padre mexicano causou protestos no México ao recomendar que as mulheres não usem minissaias ou biquínis para não "provocar" o assédio sexual dos homens.
Em seu comentário na publicação oficial da Arquidiocese do México, Desde la Fe, o padre Sergio Román del Real disse que as mulheres não devem usar "roupas provocantes" nem iniciar "conversas ou gracejos picantes".
O texto, escrito como parte de uma série de artigos que antecedem o 6º Encontro Mundial de Famílias México 2009 - organizado pela Igreja Católica - diz que "as minissaias e os biquínis vão contra o recato."
As declarações provocaram um protesto de 15 pessoas em frente à Catedral da Cidade do México. Os manifestantes reunidos em frente à catedral tentaram entrar no templo, mas foram impedidos pela polícia.
"Cultura machista"
"É lamentável a postura da Igreja Católica, pois segue incentivando na cultura mexicana a misoginia", disse à BBC Aidé García, porta-voz da organização Católicas pelo Direito de Decidir.
"Com essas declarações, seguem responsabilizando as próprias mulheres pelos abusos que sofremos."
Para ela, as recomendações da Arquidiocese do México são produto de uma cultura machista, que não reconhece que as mulheres têm "autoridade moral para decidir" como devem se vestir.
O grupo Católicas pelo Direito de Decidir desenvolveu uma série de propostas, dirigidas e grupos conservadores e à hierarquia católica, nas quais ressalta a importância de uma educação sexual integral.
Proibido
Ao mesmo tempo, uma universidade na cidade de Culiacán, oeste do país está considerando a possibilidade de vetar o uso de minissaias.
A direção da Universidad Autônoma de Sinaloa diz que cogita a mudança para "prevenir" a violência sexual.
O reitor da universidade, Héctor Melesio Cuen Ojeda, afirmou que o assédio e os atos de violência contra as mulheres são gerados pela forma de vestir.
"As saias muito curtas que algumas estudantes usam se tornam um convite para que sejam agredidas ou molestadas, não apenas dentro da universidade, como também fora dela", disse Cuen.
O arcebispo do Estado de Durango, Héctor González Martínez, responsabilizou as mulheres que se vestem de forma provocativa por despertar o "lado doentio" dos homens.
"As mulheres não devem usar minissaias, decotes, nem aberturas nas saias, já que esse tipo de vestimenta é um atentado contra a honra", afirmou Cuen.
Em seu comentário na publicação oficial da Arquidiocese do México, Desde la Fe, o padre Sergio Román del Real disse que as mulheres não devem usar "roupas provocantes" nem iniciar "conversas ou gracejos picantes".
O texto, escrito como parte de uma série de artigos que antecedem o 6º Encontro Mundial de Famílias México 2009 - organizado pela Igreja Católica - diz que "as minissaias e os biquínis vão contra o recato."
As declarações provocaram um protesto de 15 pessoas em frente à Catedral da Cidade do México. Os manifestantes reunidos em frente à catedral tentaram entrar no templo, mas foram impedidos pela polícia.
"Cultura machista"
"É lamentável a postura da Igreja Católica, pois segue incentivando na cultura mexicana a misoginia", disse à BBC Aidé García, porta-voz da organização Católicas pelo Direito de Decidir.
"Com essas declarações, seguem responsabilizando as próprias mulheres pelos abusos que sofremos."
Para ela, as recomendações da Arquidiocese do México são produto de uma cultura machista, que não reconhece que as mulheres têm "autoridade moral para decidir" como devem se vestir.
O grupo Católicas pelo Direito de Decidir desenvolveu uma série de propostas, dirigidas e grupos conservadores e à hierarquia católica, nas quais ressalta a importância de uma educação sexual integral.
Proibido
Ao mesmo tempo, uma universidade na cidade de Culiacán, oeste do país está considerando a possibilidade de vetar o uso de minissaias.
A direção da Universidad Autônoma de Sinaloa diz que cogita a mudança para "prevenir" a violência sexual.
O reitor da universidade, Héctor Melesio Cuen Ojeda, afirmou que o assédio e os atos de violência contra as mulheres são gerados pela forma de vestir.
"As saias muito curtas que algumas estudantes usam se tornam um convite para que sejam agredidas ou molestadas, não apenas dentro da universidade, como também fora dela", disse Cuen.
O arcebispo do Estado de Durango, Héctor González Martínez, responsabilizou as mulheres que se vestem de forma provocativa por despertar o "lado doentio" dos homens.
"As mulheres não devem usar minissaias, decotes, nem aberturas nas saias, já que esse tipo de vestimenta é um atentado contra a honra", afirmou Cuen.
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