Governador lança "caça" contra gays na Tanzânia

O governador regional de Dar es Salaam, na Tanzânia, lançou uma campanha de delação entre cidadãos para identificar homossexuais vivendo na cidade, antiga capital de um país que pune relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo com até 30 anos de prisão.
Segundo a imprensa local, as autoridades já receberam mais de 6 mil denúncias em poucos dias, criando um regime de terror que obriga a comunidade LGBT a se manter na clandestinidade ou a fugir. "Tenho informações que me dizem que há muitos homossexuais em nossa cidade e que esses homossexuais anunciam e vendem seus serviços na internet", declarou o governador Paul Makonda em seu apelo à população. "Então me dirijo a vocês, cidadãos de Dar es Salaam: se conhecem gays, denunciem a mim", disse.
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Makonda também criou uma comissão de 17 membros para identificar homossexuais nas redes sociais. Nos últimos anos, ativistas LGBT ou simples defensores dos direitos humanos foram presos na Tanzânia sob a acusação de "propaganda da homossexualidade".
"Se você está em um ônibus ou caminhando pela rua e duas ou três pessoas começam a gritar 'ei, aquele ali é gay, é gay', repentinamente 10 pessoas se unem a ele e te atacam no meio da rua", disse um ativista ao jornal "The Guardian". A ONG pelos direitos humanos Equality Now definiu a situação como "alarmante".
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