Topo

Médico inseminou o próprio sêmen em pacientes e teve 17 filhos na Holanda

Ginecologista Jan Wildschut morreu em 2009, mas caso só veio à tona agora - iStock
Ginecologista Jan Wildschut morreu em 2009, mas caso só veio à tona agora Imagem: iStock

Da AFP, em Haia (Holanda)

06/10/2020 15h05

Um ginecologista holandês, falecido em 2009, usou seu próprio esperma para gerar 17 crianças em processos de inseminação, o qual as mães receptoras acreditavam ser anônimos. A informação foi revelada hoje pelo hospital no qual ele trabalhava.

A clínica de fertilidade do hospital Isala de Zwolle (norte da Holanda), onde o ginecologista Jan Wildschut trabalhou entre 1981 e 1993, descreveu este ato como "moralmente inaceitável" e não descarta que Wildschut, pai de família, seja o progenitor de mais crianças.

Segundo o jornal local De Stentor, o assunto veio à tona por acaso, quando um dos filhos recebeu por correio uma amostra de DNA da sobrinha de Wildschut, através de um banco de dados comercial.

Após tomar conhecimento dos fatos no final de 2019, o hospital, junto com a família de Wildschut e os filhos envolvidos, decidiram divulgar a notícia para promover uma "maior transparência" sobre doações de esperma.

A Inspeção Holandesa de Saúde e Juventud (IGJ, sigla em holandês) informou que não abrirá uma investigação sobre este assunto, porque os eventos ocorreram em uma época em que não existia qualquer lei, ou regulamentação, sobre os tratamentos de fertilidade.

No ano passado, uma série de testes DNA na Holanda demonstrou que o ex-diretor de um banco de esperma era pai biológico de 49 pessoas, um escândalo que chocou o país.