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Cartazes retratam famosas com hematomas em ação contra violência de gênero

"Só porque eu sou uma mulher", série de obras do artista aleXsandro Palombo, em que retrata algumas das mulheres protagonistas da política mundial como vítimas de violência de gênero, no centro de Milão - Miguel MEDINA / AFP
"Só porque eu sou uma mulher", série de obras do artista aleXsandro Palombo, em que retrata algumas das mulheres protagonistas da política mundial como vítimas de violência de gênero, no centro de Milão Imagem: Miguel MEDINA / AFP

Milão - AFP

15/01/2020 17h53

Os rostos com hematomas e inchados da chanceler alemã Angela Merkel e da ex-primeira-dama americana Michelle Obama ilustram cartazes de uma campanha que denuncia a violência contra as mulheres na Itália.

As montagens criadas pelo artista italiano AleXsandro Palombo estão espalhadas pelas ruas de Milão e são acompanhadas do título "Só porque sou uma mulher".

Também ilustram a campanha os rostos da primeira-dama francesa, Brigitte Macron, a ex-candidata à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton e a congressista democrata americana Alexandria Ocasio-Cortez, todas "desfiguradas" digitalmente.

Outras líderes mundiais como a birmanesa Aung San Suu Kyi e a indiana Sonia Gandhi, principal líder da oposição na Índia, foram incluídas na ação.

"Queria ilustrar o drama que afeta milhões de mulheres em todo o mundo ... denuncie, desperte a consciência e obtenha uma resposta real de instituições e políticas", informou o artista através de um comunicado.

Em cada cartaz, abaixo da imagem dos rostos agredidos, há um texto sobre a situação de milhares de mulheres em todo o mundo, de todos os níveis sociais e de todas religiões.

"Sou vítima de violência doméstica, recebo salário menor que os outros, sofri mutilações, não tenho o direito de me vestir como quero, não posso escolher com quem me casar, fui estuprada", diz o texto da campanha.

Para AleXsandro Palombo, 45, conhecido por suas obras coloridas e irreverentes, a arte é um meio de aumentar a conscientização e provocar reflexões sobre importantes questões sociais e culturais.

Entre seus trabalhos mais conhecidos estão "Princesas da Disney com deficiência" ou "Os Simpsons vão para Auschwitz".