A construção da carreira guarda desafios ao longo de toda a vida profissional. Logo no início, é comum que a primeira ocupação seja como funcionário de uma empresa. Ou seja, trabalha-se para alguém. Muitas pessoas permanecem neste caminho por anos. Para outras, a saída passa pela vontade de empreender.
De acordo com a pesquisa GEM Brasil 2019, 38,7% da população entre 18 e 64 anos é empreendedora. Estima-se que haja 53,5 milhões de brasileiros à frente de algum empreendimento ou envolvidos na criação e consolidação de um novo negócio, sendo 25,8 milhões de mulheres. E embora os homens ainda estejam em maior número, a taxa de mulheres empreendedoras cresceu em relação a 2018, saindo de 34,4% para 37% em 2019.
Questões socioculturais explicam o abismo entre gêneros. A pesquisa sugere que, em geral, as mulheres empreendem para complementar a renda familiar em um momento de crise, e tendem a abandonar o negócio quando saem do aperto financeiro. Soma-se a isso o maior envolvimento delas com as obrigações do lar e a criação dos filhos, o que encurta o tempo disponível para gerir a própria empresa e a carreira.
As ferramentas online surgem como uma fonte de ânimo para as mulheres empreendedoras, especialmente as mães, já que facilitam o encaixe do negócio nas jornadas materna e doméstica. De acordo com pesquisa do Sebrae, realizada em parceria com a FGV, as vendas online são a modalidade mais utilizada pelas empreendedoras desde o início da pandemia do novo coronavírus.