#EssaÉMinhaCor

Avon celebra a beleza negra com manifesto e produtos que valorizam a multiplicidade de tons da pele preta

oferecido por Selo Publieditorial

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Manifesto "Essa É Minha Cor"

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Apresentação

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Roda de Conversa

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Mundo Real

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União

Só a mulher preta sabe a real dificuldade de procurar uma maquiagem na cor da sua pele e não encontrar. Na ausência deste tom, ela cria uma cor oculta: mistura mil tonalidades para talvez conseguir o ideal - que nem sempre chega. São nestas pequenas dores que a mulher negra percebe que não quer apenas um produto para pintar o rosto. Quer a sua beleza negra visível e a multiplicidade de tons de pele reconhecida.

Ela pode até se sentir sozinha na busca pelo make ideal, mas, na realidade, não é a única na luta para valorizar as nuances pretas e fugir de estereótipos. Existe uma onda crescente de mulheres que se uniram a grandes marcas como a Avon para serem ouvidas. Mulheres retintas, pretas, pardas ou escuras que não se veem representadas na pouca diversidade cromática existente nos produtos de maquiagem. E que buscam uma transformação por meio da beleza e do orgulho de ser mulher negra.

Este foi o ponto de partida do movimento #EssaÉMinhaCor, que amplificou as vozes e abriu espaço para o empoderamento de mulheres reais de todas as cores. Reconheceu que a beleza negra não é invisível e não deve ser compreendida apenas como um nicho de mercado.

"Muito além dos produtos, é um grande movimento que traz o compromisso de reparar injustiças históricas. É o começo de uma longa jornada. Juntos, podemos abrir espaço para o protagonismo das mulheres negras", afirma Carolina Gomes, coordenadora de planejamento de comunicação da Avon Brasil, na Natura & Co, ressaltando o compromisso antirracista que estabelece, entre outras ações, a meta de 30% de mulheres negras na liderança da empresa até 2030.

Para celebrar a ancestralidade das mulheres pretas e compartilhar histórias plurais de beleza, cuidados e autoestima, foi realizado o evento #EssaÉMinhaCor, promovido pela Avon na última terça (17) para o lançamento do novo portfólio para peles negras. Apresentado pela médica e ex-BBB Thelma Assis, contou também com a presença das atrizes Zezé Motta e Cris Vianna, as empresárias Ana Paula Xongani e Magá Moura, além das cantoras Ludmilla e Larissa Luz.

Esse movimento vem apoiar essa estética libertadora de mulheres negras, uma estética que é livre de estereótipos destrutivos e pejorativos e que impactam tanto na construção da subjetividade dessas mulheres.

Winnie Bueno

Winnie Bueno

Olhares sobre a diversidade

Aos 32 anos, a escritora e pesquisadora Winnie Bueno conta que, quando era pequena, não existia nem a maquiagem mais básica para atender às mulheres pretas. E o que tinha disponível geralmente deixava a pele cinza ou alaranjada - o que era uma preocupação para a sua avó, que não permitia o uso com medo que a neta fosse chacota na escola.

É Winnie quem assina o prefácio do Black Paper, um estudo inédito feito pela Avon em parceria com a Grimpa que ouviu mil mulheres pretas e pardas de todo o Brasil. A pesquisa traduziu em números a falta de representatividade no mercado de cosméticos e buscou entender a relação dessas mulheres com a maquiagem.

Winnie Bueno/Mayã Guimarães Winnie Bueno/Mayã Guimarães

De acordo com o estudo, 70% das entrevistadas não estão satisfeitas com as opções encontradas no mercado, e 46% desistem da compra por não encontrar produtos no seu tom de pele. Sem conseguir achar a maquiagem correta, 57% das mulheres negras precisam adquirir mais de um tom de base para fazer a própria mistura e criar novas cores.

Além disso, 79% não conhecem o subtom da sua pele, e 67% se queixam da falta de conhecimento das atendentes sobre o assunto. Ainda assim, até 2030, o estudo prevê que 70% dos brasileiros devem se autodeclarar negros.

"A gente está falando de um mercado onde ainda a maioria da população brasileira não encontra o básico. Enquanto mulheres brancas têm uma multiplicidade de produtos à sua disposição, a gente comemora quando consegue encontrar uma base que seja do nosso tom", resumiu Winnie Bueno.

Sou filha de uma mãe maquiadora, que fazia suas alquimias para maquiar o meu tom de pele. Que trançava o meu cabelo, nunca alisei porque não precisava. Não me tornei negra, fui ensinada a ser negra.

Xongani

Xongani

Mayã Guimarães Mayã Guimarães

Procura-se bonecas negras

Na roda de conversa, não faltaram histórias reais de mulheres fortes que já sentiram na pele o racismo, falta de representatividade e autoestima. Larissa Luz declamou o manifesto #EssaÉMinhaCor e ressaltou que todo este movimento transcende a venda de produtos. "É um fortalecimento do que a gente é, do que a gente se propõe. Resgatamos os anseios dos nossos ancestrais, nossas heroínas, e recuperamos algo que é muito especial na nossa autoestima, em como a gente se coloca no mundo".

Aos 76 anos, Zezé Motta revelou que passou por um processo de embranquecimento por não se encaixar nos padrões de beleza vigentes. "Me sentia realmente feia, as pessoas falavam do meu nariz chato, cabelo ruim, bumbum grande. Foi só na época do Black is Beautiful que consegui aceitar que essa é minha cor".

Já a empresária Ana Paula Xongani acredita que o #EssaÉMinhaCor realiza também os sonhos de mulheres pretas do passado: "Representamos esta ancestralidade, de famílias negras que sempre lutaram para que a beleza preta tivesse seu protagonismo", acredita. "A partir do momento em que a gente se ama, não tem mais volta. E a gente descobre potências e forças infinitas para ir além nas nossas trajetórias", completou a influencer Magá Moura.

Mayã Guimarães Mayã Guimarães

Multiplicidade de tons

A atriz Cris Vianna ressaltou que a beleza negra, tão exaltada nas casas das famílias pretas, agora tem empresas como a Avon como aliada: "Não somos nós mulheres negras e pretas que saímos ganhando. É todo mundo. Nossa beleza é linda e a gente já sabe disso".

Cris compartilhou que está usando os novos produtos para pele negra da Avon para maquiar as mulheres mais velhas da sua família, que nunca tiveram opções de produtos como os disponíveis agora. Itens que começaram a ser pensados em novembro de 2019, quando Candice Deleo-Novack, chefe de desenvolvimento de produtos para olhos, rosto e design técnico de produtos da Avon, nos Estados Unidos, iniciou uma cocriação com a maquiadora expert em pele preta, Daniele Da Mata, para desenvolver uma paleta de cores inclusiva.

A ideia é abranger o maior número possível de tons e subtons de pele das mulheres negras brasileiras. A partir desta alquimia, surgiram cores da vida real em pó compactos, bases, corretivos, iluminadores, blushes e produtos para sobrancelhas. Todos pensados para as mulheres pretas - e com uma multiplicidade de tons que será estendida a todas as linhas da Avon nos próximos anos.

Maquiagem para pele negra

Até o final do ano serão lançados 28 itens de maquiagem para mulheres de pele preta e parda.

  • 10 cores do corretivo Power Stay, que agora conta com seis nuances para pele preta, com textura que não marca a olheira e 18 horas de duração
  • 7 novos tons da base compacta e base líquida Power Stay, nas nuances médio, médio escuro e escuro, com cobertura matte e duração de 24 horas que não transfere. No total de 11 tons para a pele preta
  • 2 tons de pó compacto (e refis) para finalizar a pele com até 8 horas de duração, acabamento sem brilho e resultado natural
  • Mais um tom de blush, completando 4 tons para a pele negra
  • 1 iluminador em gotas cobre para rosto e corpo.
Mayã Guimarães Mayã Guimarães

Outra novidade é que os produtos de pele ganharam novos nomes, combinando letras e números. Cada item terá um número que faz menção ao tom de pele e uma letra, que chama atenção para o subtom: F (frio), N (neutro) e Q (quente). Para 2021, estão previstos ainda outros 25 produtos com a nova cartela de cores.

"Pela primeira vez me senti respeitada no meu trabalho. Era a oportunidade que eu queria, só ser escutada", refletiu Daniele Da Mata. "O Brasil realmente inspirou uma mudança na Avon internacional. Com esse projeto, a gente teve uma abordagem nova na nossa estratégia, e o nosso portfolio de cores se tornou realmente um portfolio de tonalidades de pele. Precisamos continuar evoluindo e expandindo o nosso aprendizado", finalizou Candice.

Mayã Guimarães Mayã Guimarães

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